quinta-feira, 24 de abril de 2008

Vazio...

Tentando ainda recuperar os cacos pelo chão após ver pela milésima vez o filme “brilho eterno de uma mente sem lembranças”, o coração despedaçado no chão da sala e no sofá, apenas retrata a situação em que se encontra este pilar dos sentimentos.

O filme é uma grande obra e todos sabem disso, não preciso narrar a história, que sem dúvida, é uma obra de arte do cinema moderno, um romance resumindo toda a mente humana e suas complicações óbvias na área do relacionamento. Mas sem faltar o combustivel do drama e do amor.

Assustador é ver como eu me identifico com a história em si, o personagem Joel, é um espelho onde me vejo. As vezes eu começo a rir de nervoso e outras vezes me impressiono porque realmente somos parecidos. Suas (Joel) sensações no filme são exatamente as mesmas sensações que eu vivi há um tempo atrás, e é exatamente o que sinto hoje. Por isso, toda vez que assisto esse filme, fico mal...já que esta história é contemporânea e se torna cada vez mais real para mim.

A Clementine é exatamente quem eu procuro, capaz de ser totalmente oposta a mim, mas ao mesmo tempo, ser a única pessoa capaz de me completar...ela tem tudo que me agrada e me irrita. Talvez nela, eu possa enxergar minhas fraquezas e meus erros, e quem sabe me tornar alguém melhor. Porque por ela eu sou capaz de sofrer e até mesmo lutar por um amor... a Clementine é uma mistura resumida de tudo que eu espero de alguém, e é ao mesmo tempo um sútil pesadelo a ser vivido com intensidade, já que nem tudo são flores.
É ruim e vazio não poder sofrer por alguém, não sentir ciúmes, não sentir saudades, não poder sonhar e compartilhar as coisas. A vida de solteiro é tão solitária e deprimente quanto ao que muitos acham. Não são todas as pessoas do mundo que gostam de sair por aí ficando com outras pessoas, apenas para beijar por alguns instantes. Existem pessoas que buscam mais umas das outras. Pessoas que querem amar de verdade, aliás quando um homem ama verdadeiramente uma mulher, tudo se torna “perfeito”, mas está aí o problema, a maioria dos homens não consegue amar uma mulher, não como elas merecem ser amadas.

Este filme me faz viajar dentro de mim mesmo, é uma descoberta constante. Sinto exatamente a dor e o sofrimento do meu amigo semelhante Joel. Eu sei exatamente o que ele sentiu vendo a Clementine com outro e ouvindo as coisas que ela disse sobre ele. Também senti perfeitamente quando ele no final conversou com ela, mas no fundo estava louco para tê-la de vez em seus braços. Sou muito impaciente para esperar o fim do filme e ver os dois correndo pela praia.

Fico indagando se o autor desta obra não olhou para a minha vida, antes de rodar o filme. Mesmo não vivendo um romance no momento, sou capaz de figurar valentemente nas diversas cenas do filme, porque eu simplesmente vivi cada uma delas. Muitos vão perguntar “com quem?” e até mesmo “quando?”...podem especular...talvez eu não tenha vivido físicamente com alguém real, posso ter vivido isto tudo no coração. Mas, não posso ignorar a hipótese de que eu possa estar sofrendo de um brilho eterno numa mente sem lembranças!
Eu queria poder expressar tudo que sinto, me faltam somente as palavras...

6 comentários:

Madamefala disse...

O filme é ótimo mesmo, perfeito em tudo e é por isso que a gente que assiste se identifica tanto, mesmo nem vivendo exatamente todas as cenas.
Agora amor não se procura, ele encontra a gente, e ás vezes em boas ocasiões outras ruins, mas nunca com aviso, porque coração é terra que ninguém pisa, ele manda na gente.
A solterice é um exercício de conhecimento...a vida a dois é fácil comparada a viver consigo mesmo.
A Clementine é quase a famosa alma gêmea, que é muito "fictíca" pra existir..rs.O mundo é mais duro e decepcionante...pessoas são decepcionantes, por isso o cinema é tão atraente.

bjinhos!

(P.S.Desculpa qualquer coisa ontem, eu tava doida,se falei besteira o que é provável, esquece,apaga,leva a sério não.)

Anônimo disse...

não vi o filme mas entendo o que sente.. o minha experiência não foi com filme mas com um clipe.. nem gosto de lembrar!! ainda bem que passou

beijokas e tudo de bom p vc!

Karen Figueiredo disse...

"É ruim e vazio não poder sofrer por alguém, não sentir ciúmes, não sentir saudades, não poder sonhar e compartilhar as coisas. A vida de solteiro é tão solitária e deprimente quanto ao que muitos acham."

nhuuuu eu bem o sei =~/


mas não sei onde o meu Joel anda..
mas acho que tudo tem um tempo certo.. eu pelo menos me amparo nessa idéia..

também revi o filme nessa semana.. tãooo, tãooo, perfeito! *-*~

e marcando o tempo com cabelos coloridos.. já me decidi que depois que passar essa fase doida minha vou voltar a colorir os meus..
cor de burro quando foge num dá! achoq ue é isso que não tem me dado sorte! =P


e nhá moço..
vê se melhor a viu?!..
num gosto de te ver assim.. =S
cuide-se!
=******

Bárbara Chantal disse...

Vou procurar esse filme pra assistir.
Ser solteira é complicado, ao mesmo tempo que gosto da minha liberdade (o que no fin al de tudo, é sempre a miha opção), sinto falta de ter um namorado.
O que complica, na verdade, no meu caso, é que não consigo esquecer alguem que ja passou, e nem se lembra mais de mim, aposto. Essa é a pior parte de se estar amando.

beijos

Anônimo disse...

ei David!!
Vida de solteiro é complicado mesmo
né...ainda mais quando ela vem acompanhada de desilusões amorosas...sem falar os momentos que nos sentimos vazios,he he como se se não bastasse estarmos cheios de nós mesmos...

Anônimo disse...

Eternal Sunshine of the Spotless Mind ...
We lived this !