O Rio de Janeiro se transformará em uma galeria de arte a céu aberto a
partir desta sexta-feira com a instalação de quatro enormes esculturas
de reconhecidos artistas internacionais e com a projeção de dois
espetáculos audiovisuais.
As obras serão apresentadas oficialmente na sexta-feira, no feriado
do Dia da Independência, mas algumas, como a gigante cabeça criada pelo
espanhol Jaume Plensa que “flutua” na praia de Botafogo, já chamam a
atenção do público há alguns dias.
As criações podem ser vistas gratuitamente em espaços públicos de
grande circulação de pessoas, como a praça da Cinelândia, o parque de
Madureira, as praias de Botafogo, a praia do Diabo (no Arpoador) e os
Arcos da Lapa.
A inédita mostra internacional de arte urbana com obras de
consagrados artistas internacionais é uma iniciativa do projeto “Outras
Ideias para Rio” (OIR).
A intenção é precisamente passar a ideia de que a cidade pode ser
pensada de uma forma diferente, disseram à agência Efe os organizadores
da mostra.
O objetivo dos organizadores do OIR é montar uma exposição semelhante
a cada dois anos e até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016,
como uma bienal de arte urbana ao ar livre.
Nesta sua primeira edição, o OIR conta com obras assinadas por
diferentes artistas internacionais, caso do inglês Andy Goldsworthy, do
produtor musical inglês Brian Eno, do escultor espanhol Jaume Plensa, do
escultor americano Robert Morris, do projetista japonês Ryoji Ikeda e
do escultor brasileiro Henrique Oliveira.
As esculturas e intervenções poderão ser apreciadas pelos cariocas e
os turistas até o dia 2 de novembro, enquanto o espetáculo audiovisual
de Ikeda só será projetado até o próximo domingo, no Arpoador, e a
projeção digital de Eno, nos Arcos da Lapa, será exibida entre os dias
19 e 21 de outubro.
A exposição ao ar livre começou a despertar curiosidade dos cariocas
já na última segunda, quando um guindaste colocou uma cabeça humana em
fibra de vidro, assinada pelo catalão Plensa, sobre uma base especial
nas águas da praia de Botafogo, na zona sul do Rio.
A obra em questão é a “Awilda”, uma escultura de 12 metros de altura
que representa o rosto de uma menina taitiana e que parece flutuar nas
águas frente à praia de Botafogo. Segundo o autor, a obra resume sua
adoração por Iemanjá.
O alvoroço foi ainda maior nesta quinta, quando Morris concluiu o
gigantesco labirinto triangular de vidro que montou na Cinelândia, uma
das principais praças públicas do Rio de Janeiro e localizada em frente à
sede do Conselho municipal.
Hoje também era possível ver a gigantesca cúpula de argila montada
por Goldsworthy na sede da Ação da Cidadania, um centro cultural na zona
portuária do Rio de Janeiro. No entanto, o interior da escultura em
forma de iglu só poderá ser visitado pelo público a partir desta sexta.
O artista brasileiro Henrique Oliveira, por sua parte, optou por uma
gigantesca escultura de madeira que foi instalada no parque de
Madureira. A obra tem a forma de uma via com uma fenda no meio para
permitir a passagem do público.
Foto: Pilar Olivares/ Reuters
Fonte: http://www.centoetres.com.br/mochilando/noticias/?tag=brian-eno
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