sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Como diria Cap Nascimento: Governador você é um fanfarrão!


Cesar Maia ironiza declaração de Cabral sobre aborto: 'Não é para levar a sério, governador'O Globo Online; O Globo Reuters/Brasil Online
RIO - O prefeito do Rio, Cesar Maia, ironizou nesta quinta-feira, em seu blog, as declarações do governador Sérgio Cabral, que defendeu a legalização do aborto como forma de reduzir a violência no país, baseado na teoria dos autores de "Freakonomics", livro dos americanos Steven Levitt e Stephen J. Dubner, que relaciona natalidade, pobreza e violência.

"A correlação com o aborto é uma alegoria usada no Freaknomics, que se não tratar de correlações inusitadas, não vende o livro. Não é para levar a sério, governador", diz Cesar Maia.

Nesta quarta-feira, Cabral afirmou que o índice de natalidade nos bairros de classe média e alta do Rio possuem padrão "europeu", enquanto as periferias e favelas possuem níveis "africanos".
- Se você for à Lagoa e ao Méier, vai encontrar taxas de natalidade de um país civilizado, desenvolvido. Infelizmente, nas comunidades mais carentes do Rio, as mulheres não conseguem uma orientação em termos de planejamento familiar e têm uma relação mãe-filho com taxas de países da África e da Ásia. Há dois "Brasis" - afirmou governador.

Cabral disse que é preciso oferecer às mulheres, sejam elas de comunidades carentes ou não, condições de interromper a gravidez indesejada. O governador ainda afirmou que embora não seja favorável ao aborto, ele é um direto das mulheres, e citou países onde o procedimento é permitido.

- O aborto é um direito. Não sou a favor do aborto, mas a mulher tem o direito à interrupção de uma gravidez indesejada. Em Portugal, na Espanha, nos EUA, no Japão, é assim. Por que, no Brasil, não pode ser assim? - indagou o governador.

O governador explicou que o estudo do economista mostrou que a permissão do aborto nos EUA, a partir dos anos 70, fez com que as mulheres tivessem acesso à rede pública.
- Não é uma questão ideológica. Eu quero que as redes pública e privada sejam legalizadas para aprovar o aborto. Não tem nada a ver com a mais rica ou a mais pobre - disse Cabral. Chico Alencar diz que Cabral aproxima-se de pensamento nazi-facista
O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), criticou a teoria defendida por Cabral. Alencar classificou como nazi-fascista e racista o fato de o governador ter afirmado que, enquanto a Zona Sul do Rio tem um padrão de natalidade sueco, a Rocinha, com um padrão "Zâmbia, Gabão", "é uma fábrica de produzir marginal".

- Opor "padrão Suécia" contra "padrão Zâmbia" é eurocentrismo neocolonialista. Defender aborto como meio de controle da natalidade dos pobres, por serem estes potenciais criminosos, é justificar políticas de extermínio, inclusive na segurança pública - afirmou Alencar.

O deputado ainda acusou o governador de ter ofendido as mulheres de comunidades carentes.
- É uma ofensa às mulheres da Rocinha e de todas as comunidades pobres. Direito à saúde é direito à informação sobre contraceptivos, é direito ao planejamento familiar consciente, é direito à assistência pré-natal, é direito à maternidade, à creche, à educação infantil: a tudo o que os moradores do Leblon e da Suécia têm, e outros não, mas não pelo "crime" de terem nascido - reclamou Chico Alencar.
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Governador com todo respeito...mas o senhor é um fanfarrão!
Não vou questionar a prática do aborto, mas lanço apenas questionamentos sociais e inerentes a causa:
Como ter uma política pública de aborto, se os hospitais agonizam?
Onde estão as políticas públicas de prevenção a gravidez, juntamente com a educação sexual nas comunidades mais carentes?
Se fosse o fictício capitão aqui perguntando, a resposta estaria na ponta da língua, as políticas públicas de prenvenção estão no...CENSURADO he he he

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