segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Vamos conversar e nos entender...


Ao caminhar pela rua na noite de sábado, mas uma vez dei de cara com a situação decadente do nosso país. É engraçado a facilidade com que encaramos certos fatos, como nos acomodamos e achamos tudo normal. Vi um senhor de mais ou menos 75 anos as 22:00 horas se debruçar numa marmita. Pensando bem, é até aceitável aquela cena, afinal no frio, naquela hora nada melhor do que estar com a barriga cheia. Mas a cena era deprimente, e eu me senti muito mal vendo aquilo. Não que eu queira questionar o sistema, ou as escolhas que aquela pessoa fez. Mas eu estava diante de um ser humano, que agonizava e rezava pelo próximo prato de comida que lhe fosse dado.


A vida nesta correria maluca, onde todos tem que se superar a cada instante, estando sempre no limite ( ou quase no limite ). Doenças psicológicas começam a nos atacar como pragas. Consultórios de terapias vivem lotados, e a medicina cada vez mais nos dopa. Fico tentando imaginar onde perdemos a paz. Cristo o nazareno certa vez disse que nos daria a paz. E eu me pergunto para onde elea foi? Onde está ela? Quem souber me avise.


Semana passada um homem também idoso, também morador de rua, chamado pelo jornal local como um "andarílio" foi encontrado morto numa fazenda qualquer. A morte foi causada por frio e fome. Ele estava descalço. E eu me senti mal por ter visto e lido a história de mais um anônimo desta louca vida. Não quero propagar uma idéia de salvador da pátria. E nem estou escrevendo uma crônica, isso aqui é um desabafo. Mesmo que ninguém venha ler, já estarei me sentindo melhor em colocar isso para fora. Me sinto sufocado de ver as coisas acontecerem diante os meus olhos e não fazer nada, ou quase nada.


Justiça social é uma palavra que não existe no capitalismo mundial, em qualquer lugar do planeta vamos ver gente passando necessidades. Mas isso não é tão somente por culpa do sistema economico não! Engana-se quem acredita nisso...Isso vem de dentro de nós, o egoísmo, a indiferença, e a competição é algo nato a nossa natureza.


Eu quero acordar todas as manhãs me sentindo bem, com a consciência limpa, leve. Não posso mais carregar tanto peso sem ajuda, preciso de pessoas dispostas a durmirem com a revolução na mente. A mudança começa de onde menos esperamos. Temos que nos livrar da nossa própria vontade, que as vezes é mesquinha e má!!!


Não podemos mais cultuar nossos ídolos enquanto pessoas morrem ao nosso lado a todo instante, digo aqueles que morrem, mas que poderiam estar vivos com uma ajuda, um auxilio nosso!!!


A culpa em si é minha, em não influenciar vocês!!! Em não convoca-los para a mudança. Quantos "gritos silenciosos" terão que desaparecer mais uma vez?
David Azevedo

sábado, 17 de novembro de 2007

Enquanto isso, na capital do nosso país...

Brasília - A grande maioria dos parlamentares emendou o feriado da Proclamação da República, que foi na quinta-feira, e não compareceu ao Senado e à Câmara nesta sexta. Na Câmara, a secretaria-geral da mesa informou que, até as 16h30, apenas 11 dos 513 deputados registraram presença. O número não foi suficiente para abrir a sessão do Plenário. Para que isso aconteça, no mínimo 51 parlamentares precisam estar presentes na Casa até as 9h30.

No Senado, quando não há sessões deliberativas (destinadas a votações) não há o registro de senadores presentes. A sessão no Plenário para discursos chegou a ser aberta nesta sexta. Porém, menos de dez dos 81 senadores foram vistos na Casa.
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Como respeitar estes profissionais?

sábado, 10 de novembro de 2007

Um papo com o nazareno.

"Jesus a sua igreja precisa de você...tenha misericórdia de todos nós... pois pecamos todos os dias contra Deus, e cada vez mais estamos tornando o evangelho sem profundidade, e estamos acabando com a sua autenticidade...nos perdoe, por não interpretar a bíblia corretamente, mas nem somos tão culpados né, porque alguns pregadores nos ensinam prematuramente e precocemente sem nenhum auxílio intelectual...a igreja anda acreditando em tudo, e já não presta mais o culto racional que a sua palavra nos ensina!!!nos perdoe por sermos tão mesquinhos e egoístas a ponto de ficar discutindo religião e doutrina, e por fazer você ficar tão longe de nós...somos pecadores e erramos, fazemos tudo sempre dá nossa forma, e qualquer arrepio que sentimos, já logo dizemos que é você falando...desculpa mesmo por isso!!!temos fé o bastante para nos odiarmos e criarmos encrencas... desculpa por fantasiar as coisas, e cada vez mais ficar restrito as quatro paredes, fazendo nossas programações na igreja, enquanto milhares de pessoas morrem, passam fome e sentem frio!!!nos perdoe também, por mercantilizar e tornar o seu evangelho uma excelente ferramenta do capitalismo..Jesus, também nos ajude nos dias atuais, porque nossas crianças simplesmente estão perdendo a inocência, nossos adolescentes cada vez mais estão promíscuos, nossos jovens afundados na dúvida no prazer e nas drogas, nossos pais andam se divorciando!!!estamos enganados com a teologia da prosperidade e o evangelho da graça, porque assim nos acomodamos e nos tornamos sedentários no teu reino!!! nos dê um amadurecimento e seja rígido com as suas correções, porque simplesmente queremos crescer, e não ser o que a igreja anda sendo hoje!!!"
Obrigado Jesus !!!
Sinceramente...
David Azevedo

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Aos 43 anos, ator Russell Crowe se prepara para ser batizado

Nova York (EUA) - O ator premiado com o Oscar, cuja imagem de bad boy sempre precedeu sobre qualquer possível lado espiritual, disse à revista Men's Journal que pretende ser batizado numa capela bizantina que mandou construir em sua propriedade rural na Austrália para se casar com a cantora e atriz australiana Danielle Spencer em 2003. Crowe disse que seus dois filhos, Charlie, de 3 anos, e Tennyson, de 1, foram batizados na capela.
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Máximus Décimus Meridius, DEUS TE ABENÇOE !!!

Nas Raves, os jovens se transformam no Pac-Man


“... Vídeo-games não influenciam crianças. Quer dizer, se o Pac-man tivesse influenciado a nossa geração, estaríamos todos correndo em salas escuras, mastigando pílulas mágicas e escutando músicas eletrônicas repetitivas...".



Kristian Wilson, Nintendo, 1989


Quando cunhou a frase acima, Kristian Wilson, então diretor da Nintendo, não imaginava que os videogames influenciariam tanto as gerações seguintes. A frase irônica e sarcástica iria, quase duas décadas depois, tornar-se uma metáfora de uma realidade cruel: o transe das festas rave.


O maior apelo das festas rave parece ser a proposta de “vibração de energia”, a “vibe”, “psi”, ou a transcendência. O tipo de música, de repetição e eletrônica, favorece a que se imaginem certos “estados de transe”. Seria estupidez afirmar que todos “baladeiros” que curtem as Raves tomam as famosas “balinhas” (ecstasy). Mas um grande número toma, e muitos que não tomam, cheiram o seu lança-perfume, ou a sua “loló”... Com poucas exceções, o panorama é este.


É apenas uma versão, mais avançada tecnologicamente, dos antigos “encontros dionisíacos” de alguns grupos hippies, ou dos posteriores rockeiros, ou dos punks e dos góticos.


Mas o que chama a atenção nesta versão atual é a objetividade com que se assume o “transe psi”, que é a grande proposta, a comunhão de energias, sob embalo das “balinhas”, muita água, bebidas, e som eletrônico, traçando a fronteira do novo culto tribal, da alta tecnologia de informação.

Engana-se quem pensa que o mundo muda muito. Ele apenas se transforma, funciona como um espelho invertido. Vejam só, desde a geração hippie, nos anos 70, até hoje, o que mudou ou - na verdade - se transformou.
A drogadicção - ou dependeência química - apenas assumiu uma adaptação a uma nova era de alta tecnologia e informação. Os ácidos lisérgicos, um “must” entre os hippies de 1970, receberam a concorrência do ecstasy, que tem um apelo de “transcendência psi”, a droga do amor, como chamam alguns. Na verdade desidrata o organismo e deixa o sujeito hipersensível a sons, toque e cores, muito parecido com as anfetaminas.
Mas o ecstasy tem o “rótulo” ou a embalagem da droga do “mitológico Dionísio”. Existe um “barato” dos Deuses, do vinho e do amor, Eros e Dionísio, pois é comum escutarmos de pessoas que voltaram dessas “baladas”, no dia seguinte, descrevendo a “Onda de amor”, a “total interação com Deus e com os outros”. Ou seja, houve apenas uma transformação dos grandes encontros de 70, para estes, que colocaram o signo da modernidade, a eletrônica “transcendência psi”.
Ou vocês acham que um bando de pessoas dentro de salas escuras ( festas Rave), ou em grandes pátios cercados, tomando "balas" e ouvindo músicas eletrônicas( Psy, Trance...) , ligadaças, chupando os comprimidos e andando em labirintos,não são exatamente a "imagem de Pac-Man"? Kristian Wilson, de certa forma acertou, atirando no que viu, e acertando no que não viu.


* Lucio Massafferri Salles é psicanalista
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Não querendo polemizar, ainda procuro um sentido para tudo isto. Em breve, formarei uma opinião concreta sobre o tema.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O FLAMENGO SEMPRE FOI PENTA


A Copa União foi a primeira rebelião bem-sucedida levada adiante pelos principais clubes do país contra os desmandos da CBF. Vencida em seu propósito de montar um campeonato nacional com mais de 20 clubes, a entidade viu-se obrigada a promover um outro, com a turma que ficou de fora do filet mignon. Enciumada, decidiu meter a sua colher, para provar ou pelo menos tentar provar quem tinha a força.

Assim, quando já haviam sido disputadas cinco rodadas da Copa União, a CBF impôs o tal cruzamento de que tanto se fala, dos dois primeiros colocados da Copa União, que a entidade passou a chamar de Módulo Verde, com os dois primeiros colocados do outro campeonato, que apelidou de Módulo Amarelo. O vencedor do quadrangular, anunciou a CBF, seria o campeão brasileiro. Os dirigentes dos clubes que disputavam a Copa União recusaram-se a cumprir a determinação, mesmo porque a competição não era organizada pela entidade.

Pois a Copa União, que começou em setembro, seguiu normalmente até dezembro, assim como o tal campeonato promovido pela CBF. A final da Copa União, como se sabe, foi disputada entre Flamengo e Internacional. Houve empate de 1 a 1 no Beira-Rio. No Maracanã, o rubro-negro venceu por 1 a 0. Pois no mesmo dia, 13 de dezembro de 1987, o Sport e o Guarani decidiram o título do tal Módulo Amarelo. No primeiro jogo, realizado em Campinas em 6 de dezembro de 1987, o Guarani venceu por 2 a 0. No da volta, o dia 13, em Recife, o Sport devolveu o placar. Houve a necessidade da prorrogação, que terminou em 0 a 0. Os dois clubes partiram para a decisão por pênaltis. Acabou em 11 a 11. Os presidentes do Sport, Homero Lacerda, e do Guarani, Leonel Martins de Oliveira, entraram em campo e acordaram em dividir o título. Apertaram as mãos e comunicaram o fato ao árbitro maranhense Josenildo Santos, que deu o jogo por encerrado.

Na quinta-feira, 21 de janeiro de 1988, o presidente do CND, Manoel Tubino, veio a público afirmar que era o Flamengo, e não a dupla Sport-Guarani, o legítimo campeão brasileiro de 1987. O seu discurso bateu de frente com o da dupla que comandava a CBF, formada por Otávio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid. A dupla era inimiga pública e notória do presidente do Flamengo, Márcio Braga, somando assim mais um forte motivo para continuar impondo o tal cruzamento. Na realidade, a essa altura, já seriam seis os clubes a disputarem o quadrangular, dado que o Bangu e o Atlético-PR, eliminados respectivamente por Sport e Guarani nas semifinais do Módulo Amarelo, não chegaram a decidir quem seria o vice dessa competição. Sim, deveria haver um vice, já que Sport e Guarani dividiram o título - lembram-se?
Mas o fato é que Sport e Guarani cumpriram a tabela do tal quadrangular e chegaram à decisão do que a CBF chamava de Campeonato Brasileiro. No primeiro jogo, realizado em Campinas, no dia 31 de janeiro de 1988, houve empate de 1 a 1. No segundo, em 7 de fevereiro, em Recife, o Sport venceu por 1 a 0. E a entidade o proclamou campeão.

Assim sendo, o campeão oficial de 1987, o campeão da CBF, passou a ser o Sport. Até seria. Se o Atlético-PR e o Bangu decidissem quem era o vice e se um deles, ostentando tal condição, também participasse da decisão, dado que o título do tal Módulo Amarelo - lembram-se - foi dividido entre Sport e Guarani. Se são dois os campeões há de se ter um vice.

Ora, só os que não têm um mínimo de bom senso que preferem ficar repetindo que o título do Flamengo não valeu. Curioso: critica-se praticamente tudo o que a CBF faz. E só quando se trata da questão do Brasileiro - ou dos Brasileiros - de 1987 é que insistem em dar razão à entidade.
Ora, se vale o que chamam de oficial, porque não se defende o título que o Vila Nova de Minas levantou ao ganhar a Segunda Divisão de 1971, no primeiro ano em que a CBF tornou o Brasileiro oficial? Pois o Vila ganhou o campeonato e foi sumariamente excluído da Primeira Divisão em 1972. Como se vê, a entidade escorregou na banana logo no primeiro ano de campeonatos oficiais.

Roberto Assaf é colunista do LANCE!
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Apenas para constar, um time com ZICO e cia teria medo de enfrentar o Sport?