segunda-feira, 31 de março de 2008

Será?

Rio - Estive pensando numa campanha nacional, cujo tema seria: “Sou capaz de me manter honesto”. Começaria indo ao Congresso pedir aos parlamentares que tirassem fotos vestidos com a camisa com a frase em questão. Tentei imaginar como receberiam tal proposta e quantas adesões receberia? Então, cheguei um pouco mais pra perto e questionei quantos cidadãos de fato poderiam usar tal vestimenta, sendo sinceros. Concluí que a honestidade em nosso País é um conceito relativo demais.

Vejamos o que diz o dicionário: Honesto — do lat. honestu. adj., que é conforme à lei moral, à honra; probo;íntegro;honrado; sério, digno; virtuoso; casto; decente; pudico; modesto.
Vejam quantos são sinônimos para se enquadrar em tal adjetivo. Intrigou-me a palavra “probo” e fui em busca de seu significado.Probo – do lat. probu. adj. de caráter íntegro; que segue rigorosamente os deveres da justiça e da moral; honesto; recto; virtuoso. E, observando melhor, a definição da palavra “probo”, cheguei até “recto”, que também ignorava.

Recto – do lat. rectu. adj. direito; que segue sempre a mesma direção; imparcial; justo; íntegro; verdadeiro.

Assim, achei melhor estudar um pouco mais a respeito da honestidade, entendê-la para que possa por fim cobrá-la de mim e dos outros. Concluí que o problema com honestidade no Brasil antes de tudo é um problema de gramática. Muitos de nós ignoramos o sentido real e o significado do termo. Dessa forma, fica difícil colocá-la em prática e temos por fim representantes que refletem exatamente quem somos nós (nunca se deve generalizar nada).

Todavia deixo aqui a pergunta: depois desse exercício de português, você poderia usar com a consciência limpa uma camisa com tais palavras? Pense bem.

Fonte: O Dia
http://odia.terra.com.br/opiniao/htm/tico_santa_cruz_manter_se_honesto__161241.asp

sexta-feira, 28 de março de 2008

Bizarro.

Americano que era mulher e virou homem sem tirar útero espera bebê.

Oregon (EUA) - Um americano revelou ao mundo que está “grávido” de seis meses e espera uma menina. A afirmação, acompanhada de uma foto, foi feita à revista americana GLS The Advocate.

O caso não é impossível. É que Thomas Beatie nasceu mulher, fez operação para virar homem, mas manteve o aparelho reprodutor feminino, ou seja, o útero. A opção por “carregar” o bebê teria surgido há dois anos, quando Thomas e sua esposa, Nancy, que não pode ter filhos, decidiram ter uma família.

Em artigo publicado na revista, o americano afirma que esta foi a segunda tentativa de fazer inseminação artificial, já que a primeira falhou.

No mesmo artigo, Thomas reclama de preconceito das famílias e dos médicos — nove se negaram a realizar a inseminação, obrigando o “grávido” a fazê-la em casa.Thomas gosta da experiência da gestação. “Estou muito tranqüilo e confiante”, disse. O nascimento do bebê está previsto para o dia 3 de julho.
Fonte: O Dia

quinta-feira, 27 de março de 2008

Minha nada mole vida EMO.



México vive onda de violência contra emos.

Cidades do país registram vários enfrentamentos entre grupos.Conselho contra a discriminação mexicano diz que há intolerância.
Grupos que identificam como emos vêm sofrendo com ataques de punks, darks e skatistas no México, segundo um informe do Conselho Nacional para Prevenir a Discriminação.

Xiomara Heredia, integrante do conselho e que realiza uma investigação sobre o preconceito na internet contra os emos, disse à agência Efe que existe muita intolerância contra esse grupo entre os jovens mexicanos.

Os emos são em geral adolescentes e pré-adolescentes que se identificam com o estilo de vida triste e introspectivo, andam em grupo e adotam um visual específico, composto por franjas e roupas coloridas. Os outros grupos dizem que eles copiam a estética de punks, darks e góticos.
Há três semanas na cidade de Queretáro, a 200 quilômetros a noroeste da Cidade do México, cerca de 200 jovens combinaram pela internet uma ação contra emos que resultou em mais de 30 detidos.

No último dia 15, na capital mexicana, a polícia foi obrigada a intervir contra um princípio de batalha campal entre grupos de adolescentes, registraram canais de TV. Em uma cena que beirava o surreal, um grupo de hare krishnas também apareceu para pregar a paz entre os dois lados.
Em Tijuana, na fronteira com os Estados Unidos, a polícia disse que ia reforçar a vigilância em centros comerciais por causa de uma suposta mobilização antiemo programada para este próximo final de semana.

Por sua vez Felipe Arizmendi, bispo de San Cristobál de las Casas, no estado de Chiapas, disse que os emos mexicanos deveriam imitar Jesus Cristo para encontrar um caminho seguro na vida, segundo o diário "El Universal".

Fonte: G1

terça-feira, 25 de março de 2008

Morte digital.

Vera Azevedo, 54, posta mensagens diárias na página do filho Vicente no Orkut. "Anjo, amanhã vou para o Guarujá. Será que se você estivesse aqui iria comigo? Mas você vai, querido, dentro do meu coração, onde está sempre", escreveu ela em 27 de dezembro de 2007. Vicente morreu aos 18 anos, em 11 de setembro de 2005, de causa indeterminada.
Desde então, a jornalista tenta suprir a ausência do filho com "conversas" na comunidade criada pelos amigos em homenagem a Vicente. "É reconfortante pensar que pode existir alguma comunicação entre a gente", diz. "Tenho a sensação de que ele está na casa dos colegas e volta daqui a pouco."
O diário post mortem é uma possibilidade aberta com a popularização das novas tecnologias. Blogs, fotologs e comunidades no Orkut são meios que parentes e amigos encontram para lidar com a perda. Para a coordenadora do Laboratório de Luto da PUC, Maria Helena Franco, o uso da rede para "falar" com pessoas mortas pode ser encarado como uma substituição de antigas práticas. "Orações, cerimônias religiosas e homenagens aos mortos eram comuns e estão se perdendo com o tempo", afirma.
Nas páginas que homenageiam quem já morreu, é possível até acender velas em um altar virtual. Deve-se deixar claro que, tratando-se da internet, as mensagens estão potencialmente abertas a todos os usuários da rede mundial de computadores.
"O problema é que a internet rompe os limites da privacidade, e a morte, que era de domínio privado, se torna pública, gerando uma série de reações", completa Maria Helena.
Parte da vida dos internautas mortos permanece vagando pela rede. Continuar recebendo mensagens na página do Orkut depois de morto ou ter seus e-mails lidos por pais, mulheres ou maridos são apenas duas das situações destes novíssimos tempos. Por isso, é preciso pensar também em enterrar ou não sua vida na internet.
A ordem natural é que o número de pessoas mortas e os rastros deixados por elas na rede aumentem progressivamente, criando uma geração de mortos reais/vivos virtuais. A morte move um mundo à parte na internet. Nele se pode até velar seus mortos à distância.
O segmento de serviços funerários oferece velórios acompanhados por webcams que captam imagens em tempo real e as enviam para um site.

Morbidez na rede

Uma pesquisa simples no Orkut com a palavra "morte" aponta cerca de mil comunidades relacionadas ao tema. A mais popular em português supera os 40 mil associados. O objetivo da tal comunidade é abrigar perfis do Orkut de pessoas que morreram.
O auditor de seguros Diego Braz da Silva, 24, é um dos associados. Confessa que entrou por pura curiosidade. "No grupo há céticos, crentes, descrentes e pessoas mórbidas. Mas o fato é que somos todos curiosos", diz ele. "Tem gente que coleciona latinha. Outros pesquisam gente morta na internet."
Alguns dos associados fazem plantão, passando o dia conectados à internet, ouvindo rádio e assistindo à televisão, à espera de notícias sobre mortes. "Quando eles ouvem um nome, pesquisam imediatamente a vida virtual da pessoa que acabou de morrer e colocam as informações na comunidade", conta Diego. Há uma corrida para ver quem dá a "notícia" primeiro.
Fatos como o acidente com o Airbus da TAM, em julho do ano passado, que resultou em 199 mortos, mobilizam comunidades com o tema. "Foi uma corrida para postar o perfil de passageiros do vôo", conta Diego.

Fora do ar

Em respeito aos mortos e seus familiares, servidores de internet vêm tomando providências. "Não monitoramos obituários, mas, no caso de tragédias como o Katrina ou o acidente da TAM, a equipe de manutenção do Orkut fica em alerta para abusos e pedidos de parentes para retirar páginas do ar", explica o diretor de comunicações do Google Brasil, Felix Ximenes. "Ao fazer um testamento, nos preocupamos com os bens materiais. Está na hora de pensar no que estamos deixando na internet", afirma o coordenador-adjunto e professor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Affonso Pereira de Souza.
Estão aumentando as brigas judiciais com origem na rede e denúncias de estelionato com base em informações colocadas em sites de relacionamento. "Há casos de falsos seqüestros, roubo de identidades e agressões de todo tipo", afirma Carlos Affonso.
Os vivos devem ter muito cuidado com a postagem de informações como e-mail e telefone e até com as condições para ser "aceito" em sites. "Se a família decide manter a página do parente morto como forma de homenagem, deve gerir o conteúdo com atenção", alerta o professor.
As irmãs Sandra, 29, e Fernanda de Souza Foureaux, 24, resolveram se precaver. Para evitar que suas páginas na internet continuem a ser acessadas em caso de morte, elas trocaram as senhas das respectivas contas no Orkut. "Se, por acaso, uma de nós falecer, a outra apaga o perfil do site", explica Sandra. Fernanda confessa sentir arrepios quando lê as mensagens deixadas para pessoas que morreram. "É horrível", diz.
Ao usar a internet para tentar encontrar o único suspeito do assassinato de sua filha Thays, morta em Paraty, em novembro de 2002, Maria José Coppola, 46, arrumou algumas dores de cabeça. "Chegaram a me mandar mensagens dizendo que eu tinha matado minha filha. Desconhecidos faziam toda a sorte de perguntas sobre o caso." Ela não se arrepende da exposição.
Quatro anos depois, o suspeito foi encontrado na Espanha, graças a uma mensagem anônima enviada para a página de Thays na internet. Hoje, ele está preso e em processo de extradição. Maria José, no entanto, aconselha a quem decidir manter as contas de parentes mortos na rede a ter estômago forte. "Recebe-se todo o tipo de absurdos impublicáveis."
Família dividida

Nem sempre existe consenso entre os herdeiros sobre o que fazer com as informações na internet. J.E., 22, mantém o blog da irmã contra a vontade dos pais. O estudante de design gráfico, que prefere não se identificar, deixa mensagens e escreve textos com o mesmo pseudônimo da irmã, alimentando o diário virtual, como se fosse a própria. Diz que essa era a vontade da irmã, que cometeu suicídio em junho de 2006.

Pouco antes de morrer, ela lhe contou sua senha de acesso ao blog. "Meu pai pediu para eu parar, mas eu vou continuar escrevendo em memória dela", afirma. "Sei que é doloroso para ele. Mas minha mãe me apóia. Ela se foi por vontade própria. Eu não tenho vergonha disso."

De acordo com o advogado criminalista Spencer Toth Sydow, por mais que os sites queiram colaborar com a família, o repasse de senha aos herdeiros, por exemplo, é controverso. "A intimidade não é um direito transmissível, segundo a Constituição, e isso não cessa com a morte", diz.

A inexistência de leis específicas, no entanto, permite a liberalidade das empresas em relação ao tema. "A informática criou valores próprios. E a legislação brasileira está atrasada em relação a outros países para proteger os novos valores."

Para o coordenador do departamento jurídico do UOL, Rafael Pellon, a responsabilidade pela vida virtual do usuário morto é assumida pelo herdeiro. Ele cita o caso de um marido que pediu a senha do e-mail da mulher, que havia se matado, na tentativa de descobrir o motivo do suicídio. "Ele apresentou certidão de óbito, de casamento, e o laudo do IML que comprovava a causa da morte", conta Rafael. "Informamos a senha ao marido."

O UOL recebe em média 16 pedidos por ano para a retirada de contas do ar por motivo de morte. Um número pequeno em comparação aos oito milhões de usuários de e-mails da empresa. "Pensei em cancelar as contas do Vicente quando recebi mensagens absurdas. Mas não tive coragem. Sentia que estava apagando parte dele", diz Vera Azevedo, ao expressar vontade de manter o filho vivo na internet.
Fonte: Folha de São Paulo.
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Palavras entre áspas em itálico, salientadas pelo blog, julgadas como importantes informações.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Play list (3)

John Travolta & Cindy Smith - summer nights
Stevie Wonder - we can work it out
Bruce Springsteen - streets of philadelphia
Luciano Pavarotti - vincerò
Men At Work - land downunder
Dire Straits - walk of life
Pink Floyd - hey you
Ramones - baby, i love you
David Bowie - heroes
Beck - everydody´s gotta learn sometimes

Por que buscais entre os mortos aquele que vive?

quarta-feira, 19 de março de 2008

E a história continua...

Em meio as comemorações dos 131 anos de existência na cidade de Campos dos Goytacazes, a Igreja Presbiteriana Central, homenageou no último dia 16 de março, alguns de seus membros mais ilustres. Os critérios usados basearam-se na data de batismo de cada um deles, assim como também foram observados os serviços prestados.
O culto matutino serviu para uma breve reflexão das escrituras sagradas, tendo como ápice a celebração destas vidas homenageadas. Uma forma de expressar gratidão ao Deus criador, como também "honrar" a quem merece honra. Para a minha alegria e orgulho, minha avó Miris de 84 anos estava entre o seleto grupo. Com o ano de 1938 como data de batismo, ela passa da incrível marca de 70 anos como membro desta igreja. Sem contar, que o casamento com meu avô completa 64 anos agora em 2008.
É possível professar sua fé e viver com príncipios inabálaveis da vida cristã sim!
Com as festividades do aniversário de 85 anos, é esperado um ensaio literário sobre a vida dela, onde já estou quebrando a cabeça para viajar no passado e resgatar os momentos mais marcantes, assim como sua trajetória como matriarca e sua vida cristã.
Muito obrigado vó, por um dia ter plantado uma semente...

sábado, 15 de março de 2008

DEUS e os loucos.


Brian Phillip Welch nascido em 19 de junho de 1970 em Torrance, Califórnia, conhecido por "Head", conhecido por ter sido membro fundador e ex guitarrista da banda KoRn.Além de guitarrista Head também era vocal de apoio da banda. Em 20 de fevereiro de 2005, Head anunciou em uma rádio dos Estados Unidos sua saída da banda após converter-se ao Cristianismo notícia confirmada pela banda logo após. Atualmente, Head está divulgando sua biografia, "Salve-me de mim mesmo - Como eu encontrei Deus, sai do Korn, larguei as drogas e vivi para contar minha história".

Glória e honra ao Deus vivo!



quinta-feira, 13 de março de 2008

A crise da bunda.

Em meio a uma possível crise diplomática entre Espanha e Brasil o que vem a tona é um assunto pouco discutido, a crise da bunda. O maior medo das nações européias em relação aos brasileiros caminha pelo lado da prostituição feminina e homossexual, como também a imigração ilegal de trabalhadores. Convenhamos que imigração ilegal é o que menos preocupa. O tráfico de drogas nem é tão acentuado, poucos são os brasileiros que se submetem a este sacrifício, isso é trabalho para as *“mulas” sul-americanas mais necessitadas, bolivianos, paraguaios, colombianos fazem isso com perfeição.

No final dos anos 80, a propaganda que circulava pelo velho continente em relação ao Brasil, era a do “sexo fácil”. Imagens de várias praias brasileiras, como Copacabana exibiam mulheres fenomenais em biquínis de tirar o fôlego, junte isso com algumas caipirinhas, alguns dólares (hoje, euros), sol quente, um bom hotel. Pronto, um turista qualquer estaria feito em terras tupiniquins.

O carnaval teve uma exploração relevante por lá também. A grandiosidade dos carros alegóricos, as fantasias bem elaboradas, os samba-enredos cantados na ponta da língua, alguns instrumentos da percussão de uma bateria, e o principal: mulatas, passistas, rainhas de bateria e muito mais. Era muita bunda rebolando, muita bunda se exibindo.

O turismo sexual do nordeste com seus travestis e meninas menores de idade, as acompanhantes de luxo de São Paulo, as carnavalescas mulatas do Rio, o turismo de fetiche do Sul. Em todos os cantos do Brasil havia fartura na prostituição, nada maior ou equivalente aos Estados Unidos. Mas por lá, a lei parece funcionar de alguma forma. E para os europeus acostumados a fazer o que bem entendem com o país verde-amarelo, começando pelo próprio futebol, dando pequenas esmolas em troca dos craques que valeriam ouro em menos de um ano. Foi uma questão de tempo para que a bomba explodisse.

Quando disse que a imigração ilegal era menos grave, me referi ao principal trunfo do capitalismo, a mão de obra barata, resultante no aumento intensivo dos lucros. Brasileiros que estudam por aqui e se formam, se sujeitam a lavar pratos na Alemanha, com certeza são pessoas iludidas com o futuro promissor que alguma nação européia possa oferecer. Principalmente, pela dificuldade em obter uma licença de trabalho, que em alguns casos é quase impossível. Impossível para quem quer ocupar um cargo de um europeu, porque europeus não estudam para lavar pratos.

Brasileiros que trabalham ilegalmente na Europa têm mais facilidade em visitar a família, ou mandar alguma ajuda financeira, do que os que se arriscam na “América do tio Sam”. Só não pode ter aparência de terrorista, um dos motivos da estúpida morte do Jean Charles em Londres.

Por aqui, colocamos na televisão modelos com corpos exuberantes desfilando com roupas sensuais em horário nobre, com trajes de banho, e até mesmo dançando na boca da garrafa. Nada que vá denegrir a imagem fora do país, nada que vá ofuscar o respeito de quem vem à procura disso aqui. Não é uma questão de generalização, não são todas as brasileiras que tem bunda grande e que se prostituem, ao contrário, acredito que a maioria não faça isso.

Começo a desconfiar que o erro esteja em nós. O Brasil faz uma propaganda negativa de si mesmo, lembro de um vídeo demonstrativo do Rio para concorrer à sede de uma olimpíada. No vídeo, mostrava a alegria do povo carioca, as belezas da zona sul com suas praias e mulheres, também mostrava as favelas. Favelas? Sim, onde existem os maiores conflitos urbanos do mundo declarados atualmente, explorados em uma campanha de jogos olímpicos. Justamente um dos alvos mais atacados por toda imprensa mundial.

Qual é a imagem do Brasil? A da música? A literatura? O futebol? As mulheres? Ou até mesmo a política?

Como exigir respeito e adotar uma lei de reciprocidade nesta altura do campeonato? Não foi o próprio brasileiro que deixou suas mulheres serem aliciadas por estrangeiros em pleno território nacional? Mulheres que partiram para a prostituição, tão lucrativa que as escravizam a ponto de não conseguirem voltar. E quem paga o preço?

Cidadãos de bem, como várias estudantes que ficam detidas na Irlanda, Alemanha, Espanha da vida... Mulheres que vão fazer turismo e gerar renda nestes países. Mas a cultura da bunda, é uma cultura disseminada no mundo inteiro. Tendo inclusive seu termo adotado entre as cirurgias plásticas espalhadas em diversos países ( o bumbum brasileiro ).

Em defesa as mulheres, digo que as brasileiras são guerreiras. Não precisam de sua bunda para por o pão de cada dia na mesa. São batalhadoras, e se esforçam estudando e trabalhando decentemente, para terem o meu reconhecimento e admiração. Jamais deveriam estar sendo discriminadas em países como estes. Se fosse para comparar, diria que minhas últimas experiências com “gringas” não tem sido as mais animadoras, as últimas que conheci são mulheres tão fúteis e vazias quanto estas que vão se prostituir fora daqui. Estas estrangeiras que conheci possuem um comportamento sodomita, podem acreditar.

Nem tudo são flores, não pretendo tapar o sol com a peneira. E achar que muitas delas não fazem por onde. Mas é difícil essa apelação toda ao culto do corpo. A vaidade como principio de vida. Estou enojado em ver como determinadas mulheres se prestaram a se vender pelo corpo (não digo pela prostituição do sexo), você não é só mais uma bunda! Você é um ser pensante que pode se sustentar sem precisar rebolar no “creu”, ou usar um fio dental num programa de auditório. Como exigir respeito de quem não se dá o respeito?

0BS: NÃO É UMA CRÔNICA GENERALIZADA AO UNIVERSO FEMININO POR COMPLETO. É TAMBÉM UMA RESPOSTA A MATÉRIA QUE SAIU NO JORNAL DA GLOBO, ALEGANDO QUE A MAIORIA DOS BARRADOS NA ESPANHA SÃO MULHERES.

*mula= pessoas que transportam drogas em aeroportos.

David Azevedo

segunda-feira, 10 de março de 2008

Onde está Deus na minha fé ?

Sou um peregrino solitário e confuso, quando o assunto é fé. Certa vez, numa aula de filosofia, fui abordado pela vontade de expressar tudo que acreditava ser verdade, e numa aula de filosofia não poderia ser melhor. O único detalhe poderia ser, que todos na sala tinham fé e muita convicção de várias variações do que acreditavam. Ao menos, tive um entendimento por parte do professor que aceitou tais declarações, como: "eu me sinto desprotegido e frio, procuro a revelação escrita (bíblia), tento adotar os dogmas, e me apego na adoração conjunta (igreja). Mas, mesmo assim, tenho um certo problema em acreditar..."

Foi o que bastava para ser tachado como cético, ateu e insolente. Não queria causar tumulto, ao contrário do que muitos acham... sou tímido e não gosto de estar em nenhuma polêmica, apesar de sempre estar em uma! E continei a colocação em meio a oposição sistemática da sala, ditando as seguintes palavras: "- sou um perfeito medroso, acho que tenho fé, mas ela está guardada em algum lugar dentro de mim. Talvez eu encontre forças para lutar contra mim mesmo, ou procure achar Deus em algum lugar."

Thomas Merton certa vez indagou "como conheceremos quem és se não começarmos a nos tornar um pouco do que és?". O profeta Miquéias diz algo interessante também, algo como "o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildimente com o seu Deus." Fico ainda mais desnorteado com tais palavras, como se não pudesse tragar tudo para mim.

Bono (U2) certa vez deu uma pista de onde estaria Deus: "Os pobres estão onde Deus está. Deus está nas favelas, nas caixas de papelão utilizadas como casas. Deus está onde a esperança já se foi e as vidas estam arrasadas. Deus está com as mães que está infectou sua criança com um virus que irá ceifar ambas as vidas. Deus está no choro da destruição que ouvimos nos tempos de guerra. Deus, meus amigos, está com os pobres, e Deus está conosco se nós estivermos com eles." Bono proferiu neste mesmo discurso algumas lições na entrega do NAACP AWARDS 2007. Ele diz o lado social onde podemos encontrar Deus, através da fé em ajudar ao próximo.

Ter fé é uma "parada louca" assim descreve um conhecido meu, tenho que concordar. Nesse mundo cão em que vivemos, onde o inverso cada vez mais se destaca e se torna real, ter fé em algo passa a ser diferente e surreal. Eu creio em Deus, e me amarro em Jesus, não por ter nascido num lar cristão (mesmo lar que desviou-se).Porém, eu procuro mais, não consigo me contentar com pouco, em aceitar tudo facilmente, tudo pronto!

Não preciso enganar vocês tentando dar uma de inteligente, usando guinadas filosóficas ou teológicas, quero ser o mais sincero possível. Não preciso criar auto-depoimento e forçar elogios de que sou uma pessoa culta, sinceramente, isso não enche meus olhos. Um dia eu queria reconhecimento, queria que as pessoas gostassem de mim e busquei isso de alguma forma. Mas...hoje, anos depois, me vejo preso nos meus próprios e súbitos pensamentos. É sorrateiro e sagaz. Discordo praticamente de tudo que ouço ligado a fé e a forma de explicar Deus.

Preciso sempre estar lutando comigo mesmo, as vezes implorando por um sinal. Deixando de ser egoísta e altruísta a ponto de não me vangloriar, porque dei passos rumo ao ceticismo insólito.

Estou cansado de pessoas ao meu redor, que querem de toda forma me enfiarem a religião goela baixo. Que só pensam nos números e esquecem do "após" ou "depois". Tem uma música cristã em que o autor diz "Deus temos que aprender o que é o amor a cada dia, não deixe morrer em nós a tua poesia". E é disso que falo. Seguir Deus é muito diferente, é surpreendente. É uma prova diária...algo a ser renovado todos os dias!

Mesmo sendo um dos cristãos mais "céticos", aproveitando o bordão "não tenho fé o suficiente para ser ateu". Porque simplesmente não preciso sair provando a minha fé para ninguém, somente a mim e o próprio Deus.

Penso que se não tivesse dúvida, desconfiança e medo...poderia nem crer em nada, isso é o que me sustenta, posso ficar um mês sem "orar", ler a bíblia então, nem se fala. Mas de qualquer forma, por mais que me sinta espiritualmente frio e perdido, acabo sempre sendo obrigado a voltar a realidade de Deus. Porque eu ainda não encontrei as razões para crer que ele não existe e que as pessoas estão neuróticas em adorar ao "nada". Não preciso de prodígios e sinais (leia milagre). Minha vida não é escrita por vitórias, ao contrário, acumulo mais "derrotas" que vitória. Mas quando ligo a tv, e vejo todas as notícias, me sinto agradecido e feliz por estar vivo. E isso é uma vitória.

Não me relaciono com um Deus que não tenho acesso e que não posso reclamar de nada. Faço prova dele quando não o sinto, e quando o sinto, posso estar mais longe ainda. Minha complexidade em crer e me apoiar na certeza daquilo que espero e não vejo, é alimentada pela "ausência" e "presença" do próprio Deus. No silêncio eu consigo escuta-lo.

Onde está você Deus? Onde está agora? Agora, que clamo por você.

Ele deve estar na minha vida, por enquanto... imperfeita, moldando algo!
David Azevedo.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Play List (2) Nacionais. (músicas da semana)

Cartola - O mundo é um moinho
Chico Buarque - Gota D´água
Oquestra Imperial - Obsessão
Milton Nascimento - Canção da América
Tom e Vinicius - Chega de saudade
Ary Barroso - Aquarela do Brasil
Roberto Carlos - Força Estranha

domingo, 2 de março de 2008

Prêmio SOFIA 2008.


A SOFIA (Sociedade Filosófica Anônima) em seu 12º concurso de filosofia amadora, premiou na data de 2/03/2008 os vencedores dos diferentes quesitos filosóficos.Entre eles, no quesito infanto-juvenil, para a minha surpresa fui premiado com o primeiro lugar. A premiação conta com o brasão da SOFIA e uma publicação no livreto de filosofia para crianças, que anualmente é entregue em algumas escolas no estado do Rio.
A banca examinadora composta por filósofos, analisou o desenvolvimento, a criatividade, a composição e a veracidade.
As colocações ficaram na seguinte ordem:
1º - David Azevedo.
2º - Olavo Muniz Ferreira Jr.
3º - Ana Maria Andrade Texeira.
QUESITO : CONTO INFANTO-JUVENIL
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Um embate entre o SOL e a LUA.

Dizia o Sol:

-Sou poderoso, forneço uma luz que cria e qualifica a vida.

Rebate a Lua:

-Sem mim, não há descanso, não há romance...

Enfatiza o Sol:

-Posso ser forte e até mesmo imponente...

A Lua responde:

-É na escuridão total que eu brilho, que eu guio, que eu apareço...

O Sol debocha:

-Sem mim, você de nada serve, jamais seria o que é...

A Lua por sua vez se cala, pensa no que falar, e num suspiro agonizante, conclui:

-Sou o que sou, porque sei compartilhar, porque sou incompleta...Sendo você Sol só soberano, não haveria nada! Você é capaz de me ofuscar, mas quando olham para o céu, é só minha aparência que podem enxergar!