Lula, o ex-presidente (mais presidente do que nunca...), aparece como grande garoto propaganda da "Oxfam", uma espécie de confederação (criada no Reino Unido) que abriga 15 organizações em mais de 98 países. Onde trabalham no combate a pobreza.
A campanha "cresça", que foi oficializada mundialmente hoje. Conta com um time de peso, além do Lula (o queridinho representante dos emergentes), a atriz hollywoodiana Scarllet Johansson (militante em causas sociais) também dar o ar da graça emprestando sua imagem! E como "pilar" religioso, o simpático arcebispo emérito da África do Sul e Nobel da Paz, Desmond Tutu (aquele mesmo, da turnê 360º do U2).
Leia na íntegra o discurso de Luís Inácio Lula da Silva:
"Cabe a cada Estado, a responsabilidade da segurança alimentar do seu povo. Garantindo a produção de alimentos, ou a renda, para que cada família, possa adquirir o que comer. Essa é a condição básica para a paz, a democracia e a cidadania. Não existe conquista mais importante para uma sociedade, do que poder tomar café da manhã, almoçar e jantar. Portanto, essa luta é de todos. Primeiro de cada governo, que tem que assumir as suas responsabilidades. Depois, dos países mais ricos que tem que ajudar no desenvolvimento dos países mais pobres. E de toda a sociedade, colocando em prática a solidariedade, de que todo ser humano é capaz. Por isso eu apóio a campanha "cresça" da Oxfam".
Segundo a atriz sul-africana Scarllet Johansson, embaixadora global da Oxfam "dividir alimento é um dos prazeres da vida". Ela ainda afirma que "numa escala global a divisão não é justa e que aproximadamente um bilhão de pessoas vão dormir com fome toda noite". Scarllet alerta para "o fato do sistema alimentar global estar quebrado". E apela "Nós, tanto do Kentucky ao Quênia, merecemos o suficiente para ter o que comer", finaliza.
Assista o vídeo aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=UzzBlHGS5AY&feature=player_embeddedO BLOG COEXISTA TE COLOCA POR DENTRO DA INFORMAÇÃO.
O que é a Oxfam?
"Crescendo Para um Futuro Melhor"
A Oxfam foi criada em 1942 em resposta a uma crise alimentar. Setenta anos depois, o mundo enfrenta uma outra – desta vez, uma crise que ameaça a todos nós. A emergência de 1942 foi causada pela Segunda Guerra Mundial. Já a crise da atualidade é produto de uma injustiça
global grotesca. Aproximadamente um bilhão de pessoas enfrentam a fome todos os dias, enquanto os padrões não sustentáveis de consumo e produção dos quais elas são excluídas inseriram todos nós em uma rota de colisão com os limites ecológicos do nosso planeta.
global grotesca. Aproximadamente um bilhão de pessoas enfrentam a fome todos os dias, enquanto os padrões não sustentáveis de consumo e produção dos quais elas são excluídas inseriram todos nós em uma rota de colisão com os limites ecológicos do nosso planeta.
Os sinais de advertência são claros. Entramos em uma era de crise: de altas vertiginosas nos preços dos alimentos e crescimento exacerbado dos preços do petróleo; de disputas por terra e água; de uma mudança climática progressiva e insidiosa. A alta acentuada dos preços dos alimentos em 2008 empurrou cerca de 100 milhões de pessoas para a pobreza. As elevações de preços até agora, em 2011, fizeram o mesmo para mais de 44 milhões. Estas estatísticas mascaram milhões de histórias individuais de sofrimento e aflição, enquanto as famílias lutam para conviver com a pobreza, que se aprofunda. As famílias se endividam. As mães ficam sem refeições e atendimento médico. Os idosos são abandonados.
A fome é o indicador de uma doença mais profunda. Apesar do enorme aumento em produtividade e rendas ao longo das décadas recentes, a fome global está em ascensão. Apesar do consenso científico generalizado sobre a mudança climática e de uma robusta base econômica para uma ação rápida e decisiva, continuamos a gerar cada vez mais gases
de efeito estufa. Apesar dos avanços nos direitos das mulheres e do amplo reconhecimento de seu papel fundamental em assegurar que as famílias se alimentem, os recursos têm sido rotineiramente negados a elas. Além disso, seus talentos e suas posições de liderança vêm sendo igualmente rejeitados.
A paralisia é imposta sobre nós por uma poderosa minoria que detém direitos adquiridos e lucra com o status quo. As elites legislam em causa própria e acumulam riquezas às custas das populações rurais empobrecidas. Os lobbies referentes aos biocombustíveis de grãos apropriam dos subsídios que desviam alimento das bocas das pessoas para s tanques de combustível dos carros. As indústrias sujas bloqueiam a ação sobre as emissões. As empresas de transporte marítimo cobram taxa extra por frete de emergência para ajuda alimentar, retirando recursos dos contribuintes e do próprio povo para quem a ajuda se destina. Enormes empresas de agronegócios, escondidas da vista do público, funcionam como oligopólios globais, controlando cadeias de valores, regulando mercados – e sem prestar contas a ninguém.