terça-feira, 31 de maio de 2011

Lula, fazendo história, mais uma vez!


Lula, o ex-presidente (mais presidente do que nunca...), aparece como grande garoto propaganda da "Oxfam", uma espécie de confederação (criada no Reino Unido) que abriga 15 organizações em mais de 98 países. Onde trabalham no combate a pobreza.

A campanha "cresça", que foi oficializada mundialmente hoje. Conta com um time de peso, além do Lula (o queridinho representante dos emergentes), a atriz hollywoodiana Scarllet Johansson (militante em causas sociais) também dar o ar da graça emprestando sua imagem! E como "pilar" religioso, o simpático arcebispo emérito da África do Sul e Nobel da Paz, Desmond Tutu (aquele mesmo, da turnê 360º do U2).

Leia na íntegra  o discurso de Luís Inácio Lula da Silva:

"Cabe a cada Estado, a responsabilidade da segurança alimentar do seu povo. Garantindo a produção de alimentos, ou a renda, para que cada família, possa adquirir o que comer. Essa é a condição básica para a paz, a democracia e a cidadania. Não existe conquista mais importante para uma sociedade, do que poder tomar café da manhã, almoçar e jantar. Portanto, essa luta é de todos. Primeiro de cada governo, que tem que assumir as suas responsabilidades. Depois, dos países mais ricos que tem que ajudar no desenvolvimento dos países mais pobres. E de toda a sociedade, colocando em prática a solidariedade, de que todo ser humano é capaz. Por isso eu apóio a campanha "cresça" da Oxfam".

Segundo a atriz sul-africana Scarllet Johansson, embaixadora global da Oxfam "dividir alimento é um dos prazeres da vida". Ela ainda afirma que "numa escala global a divisão não é justa e que aproximadamente um bilhão de pessoas vão dormir com fome toda noite". Scarllet alerta para "o fato do sistema alimentar global estar quebrado". E apela "Nós, tanto do Kentucky ao Quênia, merecemos o suficiente para ter o que comer", finaliza.
 

Assista o vídeo aqui: 
http://www.youtube.com/watch?v=UzzBlHGS5AY&feature=player_embedded


O BLOG COEXISTA TE COLOCA POR DENTRO DA INFORMAÇÃO.



O que é a Oxfam?

"Crescendo Para um Futuro Melhor"

A Oxfam foi criada em 1942 em resposta a uma crise alimentar. Setenta anos depois, o mundo enfrenta uma outra – desta vez, uma crise que ameaça a todos nós. A emergência de 1942 foi causada pela Segunda Guerra Mundial. Já a crise da atualidade é produto de uma injustiça
global grotesca. Aproximadamente um bilhão de pessoas enfrentam a fome todos os dias, enquanto os padrões não sustentáveis de consumo e produção dos quais elas são excluídas inseriram todos nós em uma rota de colisão com os limites ecológicos do nosso planeta.

Os sinais de advertência são claros. Entramos em uma era de crise: de altas vertiginosas nos preços dos alimentos e crescimento exacerbado dos preços do petróleo; de disputas por terra e água; de uma mudança climática progressiva e insidiosa. A alta acentuada dos preços dos alimentos em 2008 empurrou cerca de 100 milhões de pessoas para a pobreza. As elevações de preços até agora, em 2011, fizeram o mesmo para mais de 44 milhões. Estas estatísticas mascaram milhões de histórias individuais de sofrimento e aflição, enquanto as famílias lutam para conviver com a pobreza, que se aprofunda. As famílias se endividam. As mães ficam sem refeições e atendimento médico. Os idosos são abandonados.

A fome é o indicador de uma doença mais profunda. Apesar do enorme aumento em  produtividade e rendas ao longo das décadas recentes, a fome global está em ascensão. Apesar do consenso científico generalizado sobre a mudança climática e de uma robusta base econômica para uma ação rápida e decisiva, continuamos a gerar cada vez mais gases
de efeito estufa. Apesar dos avanços nos direitos das mulheres e do amplo reconhecimento de seu papel fundamental em assegurar que as famílias se alimentem, os recursos têm sido rotineiramente negados a elas. Além disso, seus talentos e suas posições de liderança vêm sendo igualmente rejeitados.

A paralisia é imposta sobre nós por uma poderosa minoria que detém direitos adquiridos e lucra com o status quo. As elites legislam em causa própria e acumulam riquezas às custas das populações rurais empobrecidas. Os lobbies referentes aos biocombustíveis de grãos apropriam dos subsídios que desviam alimento das bocas das pessoas para s tanques de combustível dos carros. As indústrias sujas bloqueiam a ação sobre as emissões. As empresas de transporte marítimo cobram taxa extra por frete de emergência para ajuda alimentar, retirando recursos dos contribuintes e do próprio povo para quem a ajuda se destina. Enormes empresas de agronegócios, escondidas da vista do público, funcionam como oligopólios globais, controlando cadeias de valores, regulando mercados – e sem prestar contas a ninguém.

Fonte: http://www.oxfam.org/en/grow/policy/crescendo-para-um-futuro-melhor

A Record faz chover dinheiro no Rio. A Globo não acredita!

Centenas de pessoas se aglomeraram na esquina das ruas Uruguaiana com Sete de Setembro, no Centro do Rio, na manhã desta terça-feira, para tentar pegar o dinheiro distribuído pela Rede Record. A emissora distribuiu notas de Real falsas e verdadeiras para promover a novela "Vidas em Jogo".

“No capítulo de ontem (segunda), os personagens que apostaram na loteria ganharam R$ 200 milhões. A ideia é materializar esse prêmio para o carioca. Quem está assistindo vai fazer uma conexão imediata e quem não está, vai ficar curioso. No total, durante a ação, serão distribuídos R$ 64 mil (em notas de R$ 2 a R$ 100)”, prometeu Tomaz Neves, diretor comercial e de marketing da emissora no Rio.

Além da chuva, que aconteceu na hora do almoço, 1.500 carteiras com dinheiro serão espalhadas em shoppings, rodoviárias, aeroportos, praças, entre outros lugares. A ação conta ainda com atores espalhados em 30 casas lotéricas, gritando que ganharam um prêmio e dois carros-fortes adesivados com o logotipo da novela e seis motos Harley Davidson, com motoqueiros vestidos com fantasias da guarda inglesa, como batedores.

Foto: Paulo Alvadia/Agência O Dia
Matéria: Jornal O Dia
http://odia.terra.com.br/portal/diversaoetv/html/2011/5/record_faz_chover_dinheiro_e_reune_centenas_de_pessoas_no_centro_168093.html

O Evangelho segundo Katy Perry.


Talvez, muitos fiquem assustados com uma perspectiva, um tanto, desencontrada e fora de contexto. O cristianismo nem sempre se manifesta nas figuras que mais conhecemos. Ou na forma tradicional, predita por doutrinas e tradições. O certo, é que ainda temos muito a aprender com as surpresas de uma vida, sem regras e scripts.

Katheryn Elizabeth Hudson, mais conhecida como Kate Perry, segue a risca uma linha não convecional de evangelho e igreja. Nascida em Santa Bárbara (USA), em 25 de outubro de 1984. Katy, é filha de um casal de pastores evangélicos.

Com uma infância marcada no fundamentalismo religioso vivido por seus pais. Ela pouco pode aproveitar a vida. Vivia a realidade mais comum deste tipo de família. Escola dominical, retiros espirituais e pouco (ou quase nenhum) acesso a cultura "secular". Suas diversões eram dançar e cantar. Cantar, obviamente música gospel. Já que seus pais proibiam qualquer contato com os "prazeres" do mundo.

Algumas matérias surgiram na internet dando conta deste passado dela. Realmente, a Katy ainda não tem uma biografia definida. É mais coerente afirmar que ela não se dá bem com a Lily Allen, do que traçar um perfil espiritual da cantora.

Tida com uma das grandes revelações nos Estados Unidos, Katy Perry vive o auge de sua carreira. Extremamente bonita (dentro dos padrões para o estrelato), e com um suave talento, ela se destaca tanto nos clipes quanto em seus próprios shows, durantes turnês bem sucedidas realizadas por diversos lugares.

Katy, sempre achou sua família intolerante, embora, se considere tolerante. Mas, foi influencida por seus pais lá na infância a desenvolver seu talento musical. Chegando inclusive, a cantar no coral da igreja. Tal participação era a tendência de uma carreira que anos depois a esperava e a colocaria no topo.

Já formada e ciente do que queria da vida. Katy resolve se envolver definitivamente com o mundo fonográfico, apostando todas as suas fichas num destino sonhado e criado por ela. Mudou-se para Nashville, onde iniciou contato com a música profissional, influenciada num estilo "country". Por lá, aprendeu a compor e a tocar violão!

Em 2001, Katy, enfim conseguia gravar seu primeiro album. Com o nome artístico de Katy Hudson, o material era todo gospel, sendo bastante elogiado pela *crítica. Só que a gravadora (Red Hill Records) não tinha muito fôlego e antes que Katy sentisse o prazer de divulgar seu trabalho, foi obrigada a encarar a falência do empreendimento. O álbum "Faith won´t fail" ficaria como recordação de uma carreira que poderia ser nos trilhos da locomotiva cristã. Então, nova mudança, desta vez, Los Angeles, onde tudo acontece, onde as estrelas nascem.

Lá em Los Angeles, Katy Hudson, agora viraria Katy Perry. E dois momentos cruciais marcariam de vez sua carreira. Mais uma vez, dois álbuns produzidos não saíram dos estúdios, assinava contrato com uma gravadora, depois com outra, trocava de produtor, de agente, mas, a coisa não andava (por sorte ou azar).

Quando em 2006, foi convidada para fazer backing vocal na música "Goodbye For Now" da banda de rock cristã P.O.D (a mais famosa do gênero). Como se não bastasse, ainda participou do clipe. Logo depois, ela também participou de um outro clipe,  "Cupid´s Chokehold" da banda Gym Class Heroes (onde engatou um relacionamento com o vocalista Travis Mccoy).

De 2006 a 2007 trabalhou recebendo novos artístas para uma gravadora, exercendo o cargo de crítica, que avaliava todos os materiais recebidos. Até ser convidada pelo dono a gravar novamente e virar a Katy Perry que todos conhecem.

A Katy Perry de "I Kissed a Girl"!

Seja lá o motivo, Katy, simplesmente se "desligou" de seu passado e formação religiosa. Com um lado mais sensual explorando o objetivo do entretenimento pop. Ela em pouco tempo se tornou símbolo sexual no mundo da música.

Recentemente, casou-se (com o ator e humorista Russell Brand), numa cerimônia hindu (já que o pedido de casamento tinha ocorrido na Índia). Embora, tenha afirmado, que foram apenas os ritos e formato e que um pastor cristão teria conduzido os laços matrimoniais. Mas, Katy também já declarou publicamente, algumas posições que reforçam o seu caráter cristão.

Frases de Katy:

“Para mim, espiritualidade é uma coisa importante e eu não gosto quando as pessoas não levam isso a sério”
“Eu não entendo quando artistas usam isso, como quando a Madonna subiu em uma cruz para cantar”
"Não é legal misturar religião e sexo na mesma garrafa"
"Usar blasfêmia como entretenimento é tão de mau gosto quando um comediante contar uma piada de peido"

Em entrevista a Rolling Stone, Perry confidenciou ter o nome de Jesus tatuado em seu pulso. Afirmando ainda a seguinte posição "Deus ainda é uma parte grande da minha vida […] Ainda acredito que Jesus é o filho de Deus".

Seja lá qual for o mundo em que vive, e que tipo de "cristianismo" experimenta. Katy se junta à nomes como Bob Dylan, Alice Cooper, Brian Head, Bono, Scott Stapp, Elvis Presley. Onde em algum momento, testemunhou e apreciou fé, amor e esperança.

*Russ Breimeier da Christianity Today disse "Suas habilidades de compor são fortes, é difícil acreditar que ela tem apenas 16 anos e tinha apenas 15 quando escreveu a maior parte destas músicas. […] Poderia ter sido apenas outra compositora adolescente imitando tendências musicais com letras cristãs. Em vez disso, eu ouço um notável jovem talento emergente, uma compositora talentosa, que certamente vai longe neste negócio.

Com informações: Wikipédia, Rolling Stone, UOL.

domingo, 29 de maio de 2011

Justiça seja feita. A Globo, deu uma porrada na Band!

Na última terça-feira, dia 24 de maio, no horário pós novela. O pograma da Rede Bandeirantes, "A Liga", de origem argentina, com objetivo de elaborar matérias especiais e não convencionais a tv. Abordou de uma só vez, três temas polêmicos. Aborto, liberação da maconha e Homessexualismo. 

Os últimos dias, foram dias de extrema tensão no país. Tanto na esfera política, quanto no reflexo imediato perante a sociedade. Em voga, estavam tabus de homessexualidade e liberação da maconha. Por um lado, na semana passada, o STF em caráter inédito (descumprindo o papel de interpretar a constituição e não reescrever a Constituição), assinalou uma possível afirmação perante a lei a união estável civil entre pessoas do mesmo sexo. Acompanhando o embalo, o Ministério da Educação, através do seu órgão regulamentório, o MEC, iniciou uma batalha ao lado de ong´s ligadas ao movimento LGBT, para a distribuição de uma cartilha para mais de 6 mil escolas em todo país, chamada de kit "anti-homofobia". Que foi duramente criticada, tanto pela sociedade, quanto, por políticos conservadores e religiosos no parlamento nacional.

Para piorar ou pôr mais lenha na fogueira, nestes últimos dias, ainda coincidiram os movimentos a favor da liberação do uso da maconha (parecia até estar combinado), com passeatas no Rio e em São Paulo. Outro tema bastante delicado, embora cause, menos barulho, ainda assim é passivo de violência e discórdia.

Os meios de comunicação, aproveitando-se destas brechas e furos jornalísticos, ainda jogaram tomates e ovos contra o pilar do governo atual. Sim, um dos maiores elos entre governistas e setor privado, se viu em denúncias de enriquecimento ilícito. Pronto, o circo estava armado! O cardápio foi de homossexualismo, drogas e corrupção.

Numa nação cada vez mais democrática e também cada mais intolerante, egos inflamados tomaram conta de todo espaço em tvs, rádios e internet. Foi um "pega pra capar", com grandes debates (ou quase isso) que tornaram o assunto do café da manhã até o jantar de quase todos os brasileiros. Nem o futebol teve força nestes últimos dias...

O programa.

Voltemos à "A Liga". Que em seu formato original, tem uma ideia bem bacana. Retrata a vida, na maioria das vezes, como ela é. Às vezes, com um pouco de drama jornalístico (porque é feito para obter audiência), outra vez por excesso de opinião (mas, que não tem?). O fato, é que misturar três assuntos delicados e polêmicos de uma só vez, me fez lembrar a bela e sabora salada de frutas que minha avó fazia. Com pouco tempo de programa para debate, o que se viu, foi um grande besteirol sem tamanho!!!

O lado "nada" tendencioso para as bandeiras homossexuais, feministas (no caso do aborto) e das drogas. É o que realmente incomodou, e como incomodou. O assunto foi discuto por diversos blogs, e a direção do mesmo (do programa), parece ter perdido um pouco do rumo e ter chutado o pau da barraca. Com opiniões refletindo apenas um lado da moeda, ficou difícil entender qual era a verdadeira mensagem do programa.

Para cada abordagem do tema, apareciam 3 pessoas para defender e apoiar um lado. E o contrário, acontecia o oposto, com quem simplesmente discordava e ainda tinha seu ponto de vista "distorcido". Sim, para a sua (A Liga) determinada exposição do assunto, colocava pessoas ligadas diretamentes aos movimentos (com argumentos na ponta da língua), e para os que discordavam, ficavam restritos a opiniões em plena noite, numa mesa de bar (exemplo de um entrevistado, entre um gole e outro de chopp). Caracterizando até certo ponto, falta de conhecimento de caso. Um bom exemplo em manipulação!

Sim, foi assim que aconteceu. Fora quando resolveram de forma milagrosa, colocar uma médica já "idosa" (que refletia amor, mas sem argumentação científica) defendendo o seu ponto de vista em relação a vida, contra o aborto. 

Foi uma palhaçada, beirando uma imoralidade tola. Assim como, entrevistar dois senhores, que são contra os homossexuais e são homofóbicos (dois idiotas que mereciam estar presos). Ora, se a questão era a união civil/casamento gay, por que não entrevistar quem discorda do mesmo? Não precisa ser homofóbico para discordar! E o programa vacilou nisso, e como vacilou...

Sem contar, que como sempre, o lado religioso foi o mais envolvido. Tudo, eles (os movimentos de "defesa" homossexual e aborto) colocam na conta de evangélicos e católicos. Às vezes, até esquecem de colocar os mulçumanos e judeus, por certa conveniência, porque estas duas religiões são mais radicais, e o diálogo é quase nulo, é mais difícil extrair algo ou até mesmo bater neles. Embora, a presença destas religiões no país seja insignificante numéricamente e tenha pouca expressão na opinião pública.

Faltou sensibilidade e dignidade por parte de seus produtores, que se juntam ao grupo mais perverso possível que dissemina uma guerra ideológica completamente desnecessária. Não podemos fechar os olhos e ficar de braços cruzados com isto que vem acontecento. Precisamos debater de forma séria e responsável tais temas, mas, deixando de lado a religião (já que o estado é Laico) e o próprio preconceito desta entidades que acham que todo religioso é contra a sua pessoas (quando na verdade, são contra as práticas). Não, a coisa não é por aí. 

Enquanto isto na Globo.

Quando tudo parecia estar perdido e a noite de terça na tv completamente deturpada, sem qualquer direito de resposta. Eis que a Globo, sim. A Globo, no programa "Profissão Repórter" mostrava uma matéria sobre o crescimento da construção civil no país. 

Caiu como uma luva, foi uma luz no fim do túnel. Um país, que há dez anos atrás não podia pensar em crescer. Hoje, cresce mais que várias grandes potências, e o povo aproveita isso tudo, tendo oportunidade em crescer junto. 

A matéria focou um feirão que a Caixa Ecônomica Federal promoveu em diversas capitais e cidades do Brasil. E o sonho da casa própria, pela primeira vez na história, é de fato, real para muitos brasileiros. Brasileiros provenientes das classes "d" e "c'. Hoje, podem financiar seu apartamento ou sua casa.

Deu orgulho em ver que através do trabalho e da política de desenvolvimento deste país, aceleração do sonho de muita gente. E a Globo, fez isto com sobra de perfeição. Narrando casos emocionantes, tanto de quem estava comprando, como dos próprios trabalhadores, que estavam vendendo (no fim, todos ganham). Mostrou também, o quanto a construção civil beneficiou em empregos e transformou lugares, fazendo um mercado de oportunidades. Tudo isto praticamento no mesmo horário que "A Liga".

Enquanto uns jogam lama no ventilador e se mostram tendenciosos (querendo pegar um embalo contemporâneo da moda e estar na crista da onda), "outros" milagrosamente mostram a verdadeira revolução que vem ocorrendo no Brasil.

Fiquei surpreso, bastante surpreso, com os dois programas!

Rivotril. Amo muito tudo isto!

Nação Rivotril

O Brasil é o maior consumidor de Rivotril do mundo. Saiba como um calmante tarja preta tem sido usado para aplacar os sentimentos ruins de jovens, trabalhadores e donas de casa

por Bruno Versolato
Todo mundo tem um refúgio a que costuma recorrer para aliviar o peso dos problemas. Pode ser um lugar tranquilo, talvez a praia. O pensamento em uma pessoa querida. Uma extravagância, como compras ou aquele prato proibido pelo médico.

Ou pode ser o armarinho de remédios de casa.

Na farmácia não se encontra produto descrito como "paz em drágeas" ou "xarope de paz". Mas muita gente acha que é isso o que deveria dizer o rótulo do Rivotril, um ansiolítico (ou, popularmente, um calmante). Rivotril é prescrito por psiquiatras a pacientes em crise de ansiedade - nos casos em que o sofrimento tenha causa bem definida. Mas tem sido usado pelos brasileiros como elixir contra as pressões banais do dia a dia: insônia, prazos, conflitos em relacionamentos. Um arqui-inimigo dos dilemas do mundo moderno.

Tanto que o Brasil é o maior consumidor do mundo em volume de clonazepam, o princípio ativo do remédio. Serão 2,1 toneladas em 2010, o que coloca o Rivotril no topo das paradas farmacêuticas daqui. É o 2º remédio mais vendido no país, à frente de nomes como Hipoglós e Buscopan Composto - em 2004, era o 4º da lista. Só perde agora para o Microvlar, anticoncepcional com consumo atrelado à distribuição pelo governo via Sistema Único de Saúde (SUS).

E olhe que o Rivotril é um remédio tarja preta. Só pode ser comprado na farmácia com a receita do médico em mãos. "A maior parte das vendas desse medicamento acontece via prescrição. Mas muitos conseguem o remédio com receita em nome de outros pacientes ou até pela internet", afirma Elisardo Carlini, diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Unifesp. Em alguns casos, até há a prescrição - mas de um médico não especialista, segundo Alexandre Saadeh, professor do Instituto de Psiquiatria da USP. "Ginecologistas costumam prescrever Rivotril para pacientes que sofrem fortes crises de TPM", diz. Até porque poucos brasileiros vão ao psiquiatra, de acordo com a Roche, laboratório responsável pelo Rivotril. "Grande parte dos brasileiros tem dificuldade de acesso a psiquiatras, e isso está relacionado à prescrição do Rivotril por médicos não especialistas", afirma Maurício Lima, diretor-médico da Roche.

Foi assim, por via não ortodoxa, que a popularidade do Rivotril cresceu. Não é difícil ouvir donas de casa recomendando o remédio a uma amiga que tem tido problemas para dormir. "Quem nunca ouviu que uma tia ou uma vizinha toma Rivotril há 20 anos e só dorme com isso?", pergunta o professor de psiquiatria do curso de medicina da PUC de São Paulo, Carlos Hubner. Ou achar relatos do tipo "Rivotril é meu melhor amigo" no Orkut e no Facebook. Nessas histórias, o Rivotril aparece sempre como um freio para sentimentos como medo, rejeição, angústia, tristeza e ansiedade. "Houve Big Brother em que eu estava com muita ansiedade e usava Rivotril para entrar no ar", disse Pedro Bial em entrevista à revista Playboy. O remédio tem sido usado até para cortar o efeito de outras drogas, segundo o psiquiatra André Gustavo Silva Costa, especialista em tratamento de dependentes químicos. "Jovens têm tomado o Rivotril para cortar o efeito de drogas como cocaína. Eles querem dormir bem para conseguir trabalhar no dia seguinte", diz.

O que é que o Rivotril tem?
Mas que mágica é essa? Quando somos pressionados, algumas áreas do cérebro passam a trabalhar mais. Vem a ansiedade. O Rivotril age estimulando justamente os mecanismos que equilibram esse estado de tensão - inibindo o que estava funcionando demais. A pessoa passa a responder menos aos estímulos externos. Fica tranquila. Ainda que o bicho esteja pegando no trabalho, o casamento indo de mal a pior e as contas se acumulando na porta. É essa sensação de paz que atrai tanta gente. Afinal, a ansiedade traz muito incômodo: suor, calafrios, insônia, taquicardia... "Muitas vezes o sofrimento se torna insuportável. O remédio é valioso quando o paciente piora", diz Silva Costa. Para a carioca Bruna Paixão, de 32 anos, funcionou. "Um dia tomei uma bronca do meu chefe e fiquei péssima. Só pensava nisso. Aí resolvi tomar Rivotril para dormir. Tinha uma caixa em casa, dada por um amigo médico. Assisti um pouco de TV, conversei com um amigo no telefone e fui ficando bem", diz.

Justamente por trazer essa calma toda, o Rivotril não é recomendado a qualquer um. Seu consumo por profissionais que têm de se manter ágeis e em estado de alerta - como pilotos de avião e operadores de máquinas, por exemplo - é desaconselhado por médicos. "O Rivotril dá a falsa impressão de que a pessoa produz mais, mas a verdade é que o remédio só deixa mais calmo", diz José Carlos Galduroz, psiquiatra da Unifesp.

Não é só com o Rivotril que isso acontece. Os calmantes da família dele - os chamados benzodiazepínicos - têm o mesmo papel. São remédios como Lexotan, Diazepam e Lorax. Em parte, o Rivotril ficou famoso ao pegar carona na onda dos "benzo". Eles surgiram na década de 1950, e logo viraram os substitutos para os barbitúricos, como o Gardenal. Os barbitúricos têm indicação semelhante à dos benzo. Mas são mais perigosos: a linha entre a dosagem indicada para o tratamento e aquela considerada tóxica é muito tênue. A mais famosa vítima dos excessos de barbitúricos foi Marylin Monroe (embora haja dúvidas sobre o envenenamento acidental da atriz). Quando surgiram os benzodiazepínicos, o mundo achou um combate mais seguro à ansiedade. "Uma overdose de remédios como o Rivotril é praticamente impossível", diz Saadeh, da USP.

É verdade, o Rivotril tem berço, vem de uma família benquista pelos médicos. Isso já garante uma popularidade. Mas ele tem uma vantagem extra em relação aos parentes. Seu tempo de ação é de, em média, 18 horas no organismo, entre o início do relaxamento, o pico do efeito e a saída do corpo. É o que os médicos chamam de meia-vida. "A meia-vida do Rivotril é uma das mais confortáveis para o paciente, porque fica no meio-termo em relação aos outros remédios para a ansiedade e facilita a adaptação", diz Saadeh. Na prática, esse meio-termo significa que o efeito do Rivotril não termina nem cedo demais - o que poderia fazer o paciente acordar de uma noite de sono já ansioso - nem tarde demais - o que não prolonga a sedação por um período maior que o desejado.

No Brasil, o Rivotril tem ainda outra vantagem importante. Repare: somos os maiores consumidores mundiais do remédio, mas estamos apenas na 51ª colocação na lista global de consumo de benzodiazepínicos. Ou seja: o mundo consome muitos benzo, nós consumimos muito Rivotril. Por quê? Por causa do preço. Uma caixa de Rivotril com 30 comprimidos (considerando a versão de 0,5 miligrama) custa em torno de R$ 8. O principal concorrente, o Frontal, da Pfizer, custa cerca de R$ 29.

Tudo isso faz o pessoal se esquecer da tarja preta do remédio. Mas ela está lá por um motivo, é claro. E esse motivo é o risco de dependência.

O risco é o mesmo visto em outros benzodiazepínicos. São dois, aliás. O de dependência química e o de dependência psicológica. Na química, o processo é parecido com o gerado por drogas como álcool e cocaína. O uso prolongado torna o cérebro dependente daquela substância para funcionar corretamente. A outra dependência é a psicológica. A pessoa até para de tomar o remédio, mas mantém uma caixa sempre no bolso como precaução. "Cerca de 80% das pessoas que usam benzodiazepínicos ficam dependentes em 2 ou 3 meses de uso", diz Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, de São Paulo. "E a maioria tem sídrome de abstinência se o remédio for tirado de uma hora para outra."

Em casos mais graves, a abstinência pode levar o paciente a uma internação. A pessoa pode ver, ouvir e sentir coisas que não existem, apresentar delírios (como ser perseguida por extraterrestres), agitação, depressão, apatia, entre outros sintomas. E para cortar a dependência? "O paciente precisa querer parar. Há drogas que tratam os sintomas da abstinência em no máximo 4 semanas", afirma Carlo Hubner, da PUC. Livrar-se do Rivotril é duro porque é preciso enfrentar todos os fantasmas de que o paciente queria se livrar quando buscou o remédio. Afinal, o remédio só esconde os problemas. Eles continuarão lá, à espera de solução. O verdadeiro adeus é o momento em que se aprende a lidar com a ansiedade. Sozinho. Ou talvez com uma passadinha rápida na praia. Pensando no namorado. Ou com a ajuda daquela lasanha (bem gorda).



Para saber mais

Goodman & Gilman
Laurence Brunton, John Lazo, Keith Parker, Artmed, 2010.

FONTE: http://super.abril.com.br/saude/nacao-rivotril-587755.shtml

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Li esta matéria um tempo atrás e recomendo. Além de contar com ínumeros depoimentos, desvenda alguns dos mitos deste medicamento. É uma grande explicação aos desinformados de plantão! E uma grande colaboração para traçar o perfil desta sociedade emergente do Brasil. Cada vez mais, o uso deste medicamento é prescrito aos mais diversos pacientes...

Eu mesmo, poderia descrever, falta oportunidade! hehehe

sábado, 28 de maio de 2011

Legalize, já? Agora...só ser for na Jamaica. A casa caiu!

Em um esforço para parar com o turismo para uso de drogas, o governo da Holanda decidiu nesta sexta-feira (27) restringir o acesso aos tradicionais coffee shops e proibir a entrada de turistas para comprarem drogas, informa o site "BNO News".

Os coffee shops são estabelecimentos onde a venda de maconha e outras substância para uso pessoal é tolerada pelas autoridades holandesas. Como o consumo é proibido na maioria dos países, os locais passaram a atrair turistas do mundo todo a Amsterdã.

Segundo o governo holandês, a medida tem como objetivo reduzir pequenos crimes e o número de turistas interessados em usar drogas. A intenção é criar um sistema de membros associados dos coffee shops, que excluiria os turistas. A cidade de Amsterdã, que atrai a maioria dos turistas, é contra a decisão.

O novo sistema vai exigir que os freqüentadores dos coffee shops sejam cidadãos holandeses e maiores de 18 anos. “O acordo afirma que a atual política de coffee shops de portas abertas deve ser interrompida e que a luta contra o crime organizado de drogas deve ser intensificado ", diz o comunicado do Parlamento holandês.

As novas regras vão exigir que os estabelecimentos se transformem em locais fechados, com acesso permitido apenas a cidadãos holandeses que terão de mostrar um documento de identidade válido e serem associado do coffee shop em questão.

Os locais também terão de fornecer cartões de identificação a seus clientes, que serão válidos por um ano e em número restrito.

De acordo com o comunicado, o número máximo de associados de cada coffee shop ainda será estipulado. O prefeito de cada cidade poderá restringir o número máximo de membros de acordo com a situação local, diz o texto.

De acordo com um porta-voz do Ministério da Justiça, cada loja deverá ter, no máximo, 1.500 membros.
A medida vai começar a vigorar nas províncias sulistas de Limburg, Noord Brabant e Zeeland até o fim do ano e no resto do país no ano que vem, acrescentou o porta-voz.

O governo espera que o fechamento dos coffee shops a estrangeiros reduza em pouco tempo o número de turistas para consumir maconha, diz o texto. “Os possível efeitos colaterais destas medidas serão acompanhadas de perto pela polícia, judiciário e a administração”, afirma.

O governo holandês também decidiu que os estabelecimentos não serão permitidos a menos de 350 metros de escolas.


Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/05/holanda-proibe-acesso-de-turistas-coffee-shops.html

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dejan Rambo Petkovic.



Talvez muitos nem se lembrem de um presente de aniversário de dez anos atrás. Ou até mesmo o que fazia, o que tocava nas rádios, o filme do ano daquela época, quem tinha sido eleito naquelas eleições...

Mas, para a maior torcida do mundo. O ano de 2001 foi inesquecível! Coisas que só o futebol, que é definitivamente a paixão nacional, pode proporcionar (e há quem critique a devoção brasileira).

Eu me lembro exatamente daquele dia, era um domingo. A semana que antecedera o clássico entre os maiores rivais da época ( Flamengo e Vasco), tinha sido tensa. Ir à escola durante os cinco dias úteis da semana foi uma tarefa árdua. Afinal, o primeiro jogo da decisão, o Vasco tinha vencido o Flamengo, levava a decisão final com vantagem de gol e empate. E na escola inteira, não havia outro assunto, todos falavam do próximo e fatídico jogo. Era assunto em sala de aula, fora da sala, no intervalo e no caminho para casa.

Minha mãe tinha liberado uma verba, para que eu pudesse comprar pano nas cores do Flamengo (o manto sagrado vermelho e preto), e num toque de mágica em dois dias, consegui estar com a maior bandeira do condomínio onde eu morava. Mesmo assim, não era o bastante, pois só a fachada da minha casa estava protegida contra qualquer energia negativa, era necessário mais...

No futebol, a palavra "milagre" ganha outro significado, às vezes por ser impossível (e ganhar a dramaticidade original), ou por ser uma tarefa "quase" impossível. E convenhanos, "quase" é uma desculpa para ir lá e fazer, para depois zombar e sacanear os adversários.

Pois bem, de sábado para domingo, eu não tinha conseguido dormir, estava preocupado. Tinha que acordar cedo, para ser o primeiro a comprar um jornal em especial. Tratava-se de uma promoção, o jornal daria uma bandeira pequena de plástico e um cd com hinos e gritos da torcida. Eu tinha passado o sábado com meu avô, e ele em sua bondade, advinhando também me patrocinou a compra deste jornal, que por ser uma edição de domingo, era mais caro, com o kit, ficava mais caro ainda. 

Às 4 horas da matina eu estava de pé, esperando dar 5 horas para abrir a banca de jornal com o jornaleiro! E assim foi, quando eu cheguei para comprar o jornal, ele (o jornaleiro) abriu um sorriso e ainda brincou - "aproveita para levar o pão do café da manhã" - aquilo fazia muito sentido, porque a sua banca ficava de frente para uma padaria que abria também às 5.

Esperar até a hora do jogo, foi desgastante, li todas as notícias do jornal, vi todos os programas de tv. E sinceramente, não tive cabeça e concentração para ir à igreja. Seria falta de "respeito" com deus! Estar com o corpo presente e o coração distante. Na hora do almoço então, cada garfada lentamente deixava minha mãe e minha irmã irritadas. Não tinha fome.

Todo flamenguista é enjoado, chato, porque está acostumado a vencer. Mesmo com o clube sofrendo com péssimas administrações e ficando a anos luzes de outros clubes (de outros estados), o time sempre que chegava faturava. Dificilmente, o Flamengo perde uma decisão, e quando perde, perde por conta própria. Por ter perdido para ele mesmo!

Os fógos de artíficio estouravam sem parar, parecia jogo do Goyta (time amado e idolatrado, salve salve de Campos). A hora, enfim se aproximava, a espera de uma semana inteira (torturante), estava para acabar...

O time do Flamengo daquele ano era muito bom. Tinham 3 jogadores que mais tarde brilhariam com a seleção brasileira: Júlio Cesar, Juan e Adriano. Fora o Leandro Àvila, Alessandro, Reinaldo, Edílson. Mas, o Flamengo tinha um elemento surpresa, aquele jogador que pode desequilibrar a qualquer momento, que basta tocar na bola e bola se submeter a genialidade, era um sérvio, Dejan Petkovic.

É, um gringo, típico e clássico camisa 10. Não um gringo comum, qualquer. Era um gringo europeu, da antiga Iuguslávia. Fato extremamente incomum ao cenário brasileiro, que sempre importou alguns talentos sul-americanos. Desta vez, a bola toda estava com ele, um jogador de ego e vaidade acima do normal.

Dejan "Rambo" Petkovic, começou no seu país no Estrela Vermelha. Com passagem até pelo Real Madrid. Ele lembra como veio parar no país do futebol. Sem muito mercado na Europa e se recuperando de uma lesão, um dirigent e um empresário fizeram uma proposta para jogar no Brasil, a terra dos maiores craques. Mas, não foi como imaginou -"me disseram que iria jogar num bom clube, com estrutura" - dizia. Na verdade, Petkovic começou sua jornada no Vitória da Bahia. E uma de suas recordações era que o campo de treinamento era perto de um lixão, sem contar a pobreza, ele se assustou com o Brasil. 

Quis o destino que tempo depois, após retornar da Europa novamente, o craque, assinasse com o Flamengo. A adaptação foi conturbada, chegou a ficar no banco de reservas. Teve problemas com Edílson, e não recebia o salário, aliás, diga-se de passagem, ele foi muito "louco" em contornar isto tudo!

Deu a hora do jogo, unhas? Não existiam mais... o Flamengo precisava ganhar por uma diferença de 2 gols, e não seria fácil, o Vasco já tinha provado na outra final que tinha um bom elenco. Embora o retrospecto não favorecesse (o time da colina vinha de derrota dois anos consecutivos para o Flamengo)! O Flamengo lutava pelo quarto tri-campeonato carioca de sua história.

O Maracanã, palco maior da história do futebol mundial. Onde, Pelé, Garrincha, Didi, Zico, Dinamite, Romário e cia, desfilaram o verdadeiro futebol brasileiro, estava abarrotado. Não tinha como entrar mais ninguém, as duas torcidas duelavam cânticos e tensão era gigante, proporcional ao tamnho e significado daquela partida.

No gramado, onde a bola rola. Tudo se encaminhava para um script de cinema, o Flamengo deu as caras e fez um gol, num bom momento da partida. Lembro que levantei e tropecei na mesinha da sala (doeu pra caramba), o grito alto provocou e machucou alguns dos pobres coitados vizinhos vascaínos. Tinha um, inclusive, que morava de frente para a minha casa. Tinha que olhar o manto, protegendo a casa e aguentar minhas provocações e suspiros.

Mas, como numa decisão sempre há um drama. Não foi diferente, o Vasco, no fim do primeiro tempo empata o maldito jogo. Fora, que o Flamengo levava contra-ataques quase fuminantes, e se não fosse a estrela e capacidade do Júlio Cesar, a festa poderia ter sido de outra torcida.

Nesta altura do campeonato, com os nervos a flor da pele. Eu já estava isolado na sala, minha mãe e irmã foram assistir no quarto (sabe como é, o sujeito fica irritado quando mulher interrompe o futebol)! No banco de reservas, o Flamengo era comandado pelo mito velho lobo Zagallo, ele tinha lançado um bordão "vão ter que me engolir", e teriam mesmo...

No segundo tempo, o Flamengo entrou ligadão na partida, e logo marcou um gol. 2 x 1, no placar do Maracanã, mesmo assim, este resultado ainda dava o título ao Vasco. O tempo passava e o time não conseguia encontrar o terceiro gol. E quando tudo parecia perdido...

Fabiano Eller, faria uma falta que jamais esqueceria. Em cima do Edílson, um pouco longe da grande área, era o lance aos 43 do segundo tempo, que determinaria a história daquele campeonato. Petkovic, que tinha batido duas faltas (muito mal!!!), pegou a bola e tomou pouca distância.

Dava para ouvir a respiração e o coração bater. A torcida rubro-negra, num último suspiro de esperança e fé, mandava a única energia possível, a energia de que podia acontecer. Era difícil, a faltava não estava próxima, Pet não tinha o estilo de bater forte, ele sempre cobrava de forma colocada. Mas, ali naquele momento, tudo se resumia ao lance. Eurico Miranda que tinha desdenhado do Flamengo, os salários atrasados, o "racha" dentro do elenco...

Veja aqui, o que aconteceu:

http://www.youtube.com/watch?v=DJCyeS1cqEQ


GOLLLLLLLLLLL

Petkovic, inacreditável!!!

O tri era nosso, o Flamengo calava e traumatizava para sempre o Vasco e seus torcedores. Dez anos se passaram, e a magia continua viva! Em alguns dias, o herói do tri e um dos heróis do hexa, se despede de vez do futebol. Mas, o nosso agradecimento (de todos os brasileiros e clubes pelo qual jogou) fica...o muito obrigado sempre, querido Rambo!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A mulher e a democracia.

"O governo defende a educação e também a luta contra práticas homofóbicas. No entanto, não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais. De nenhuma forma nós podemos interferir na vida privada das pessoas."

"Não acho que o kit faça defesa de práticas não homofóbicas. Não assisti aos vídeos, mas há um pedaço que vi na televisão, passado por vocês [mídia], que não concordo."

Nós não podemos interferir na vida privada das pessoas . Agora, o governo pode sim fazer uma educação de que é necessário respeitar a diferença, que você não pode exercer práticas violentas contra aqueles que são diferentes de você."

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Definitivamente, a presidenta Dilma, nos deu hoje uma aula de democracia! 


Viva a liberdade, viva as "diferenças", viva a "igualdade"...!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Uma esperança, uma democracia, um país!

Acabei de ver uma notícia extraordinária, trata-se da retomada da democracia e da ordem no Brasil. A presidenta Dilma Rousseff determinou a suspensão do "kit gay", um material "anti-homofobia" que estava sendo elaborado pelo MEC.

O "kit" vinha dando o que falar nos últimos dias, faz parte de uma campanha do Ministério da Educação, para combater a homofobia nas escolas de todo o país. O seu projeto "milionário" foi desenvolvido por Ongs ligadas ao movimento LGBTS. 

Com um material um tanto "agressivo" e até mesmo ousado, logo foi repudiado e contestado por vários setores da sociedade civil e segmentos regimentais internos do poder legislativo. A reclamação era por conta da falta de consultoria em relação à necessidade e objetividade do material. 

Segundo o ministro da Secretária-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O governo entendeu que não seria prudente editar este material, produzida por uma emenda parlamentar enviada ao MEC. As afirmações foram feitas logo após uma reunião com as bancadas evangélicas, católicas e da família no congresso.

O ministro ainda afirmou que todo material em que "costumes" estiverem em cerne, terão que passar pelo crivo da coordenação-geral da Presidência e por um amplo debate com a sociedade civil. Ele ainda afirma, que não é um recuo a política educacional contrária a homofobia. E sim, um processo de consulta que o governo irá fazer, da mesma forma em outros temas, alertando, que isso é uma parte vigente da democracia.

  Ocorrerá um encontro entre a presidenta e os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Saúde, Alexandre Padilha, nos próximos dias, para tratar do material didático.

É no mínimo um suspiro de esperança, para que a democracia de fato seja respeitada por todos aqueles que exercem sua cidadania, votando. Num estado laico, onde a população mesmo assim é de maioria cristã ou religiosa, havia uma necessidade de debate, para respaldar qualquer atitude que, neste caso, influenciaria filhos de ateus, de gays e de religiosos.

Verdade seja dita, nas próximas horas, a presidenta Dilma Rousseff será bombardeada pelos movimentos de "defesa" (parecem mais de ataque, já que não podem ser contrariados de forma alguma) LGBTS, porém. Ela teve convicção de que não se pode ganhar no grito, vivemos numa democracia, onde está previsto o debate, sendo assim...consultemos a sociedade!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Paul é carioca!

RIO - Paul McCartney é carioca. E isso quem garantiu foi o próprio, que mais uma vez desfiou suas frases em bom (ou quase) português e emocionou as 45 mil pessoas que lotaram o Estádio Olímpico João Havelange de última hora para ver o derradeiro show do ex-beatle no Rio. Durante pouco mais de 2h30m, o alinhado e engravatado Paul fez o que foi o show mais quente da passagem da "Up and coming tour" pelo Brasil. A perna brasileira da turnê, que começou em Porto Alegre em novembro do ano passado e passou por São Paulo, encerrou mais um capítulo nesta segunda. Há 21 anos sem pisar no Rio (ou "Ri-you", como adorava repetir, para delírio dos fãs), Macca fez mais um show memorável na estreia do Engenhão como palco musical e vai deixar saudades.

Aberto com "Magical mistery tour" - música que não constou do setlist de domingo - às 21h30m em ponto, o show guardou surpresas para aqueles que peregrinaram pelo país atrás do ídolo. "Coming up", de sua carreira solo, e o hit do iê-iê-iê "I saw her standing there" deram as caras pela primeira vez nesta série de cinco shows. Entre uma e outra das 33 músicas de seu vasto repertório - que ia, claro, dos Beatles a sua carreira solo, passando por canções dos Wings e do Fireman, seus outros projetos -, o ex-beatle era só alegria e não parava de soltar seus "demaish", "boa noite", "valeu", "obrigado", "tudo bem?" e "é ótimo estar de volta ao Rio" com um sotaque irreprensível para um visitante tão esporádico. Para a alegria de todos e felicidade geral da nação, Macca até se arriscou a fugir do bem ensaiado (e por vezes repetitivo) script e improvisou, ao piano, uma canção sobre a Cidade Maravilhosa. Fanfarrão como todo bom nativo, afinal. 

O público devolveu a deferência promovendo coros ao final de clássicos como "Got to get you into my life", "Here today" (dedicada a John Lennon), "Something" (uma homenagem a George Harrison), "Day tripper" e "Back in the USSR", emocionando o já escaldado músico inglês, que, aos 68 anos, carrega nas costas mais de cinco décadas de carreira com uma disposição - e uma voz - impressionantes. Ao lado da afiada banda formada por Rusty Anderson (guitarra), Brian Ray (guitarra e baixo), Paul Wickens (teclados e guitarra) e o figuraça Abe Laboriel Jr. (bateria), Macca ainda voltou a seguir o roteiro ao presentear o Rio com as já esperadas "All my loving", "Blackbird", "Band on the run", "Hey Jude" e a pirotécnica "Live and let die", ora em momentos introspectivos, ora em momentos catárticos. E em resposta, o músico mais uma vez rebolou, levantou seu baixo Hofner (uma marca registrada) e fez caras e bocas, esbanjando carisma em comunhão com toda aquela gente. 

Até "Hello, goodbye", canção de abertura do concerto de ontem e excluída do setlist desta noite, teve seu momento no Engenhão na voz dos empolgados fãs. Mais empolgadas ainda estavam Laura, Carolina, Julia e Mariana, as jovens que ganharam a chance de subir ao palco e de abraçar o ídolo. Solícito, Paul recebeu as quatro no palco, abraçou, autografou, terminou o segundo bis com a tríade matadora "Yesterday", "Helter skelter" e "Sgt. Pepper lonely hearts club band" e demorou ao despedir-se mais uma vez do Brasil sob uma chuva de papéis com as cores de nossa bandeira. Que este "adeusinho" seja novamente um "até logo".

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/05/24/paul-mccartney-surpreende-publico-em-sua-segunda-ultima-apresentacao-no-rio-de-janeiro-924526725.asp#ixzz1NIUtjFuQ
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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Paz verde, hipocrisia mundial...

Me peguei rindo com a desgraça alheia (não que isto seja muito cristão!),  por conta de algo que eu já havia alertado aos mais diversos laços de relacionamentos. Em época eleitoral, a gente vê de tudo. Na internet, não é diferente... evangélicos sem qualquer conhecimento de causa, caíram no conto da carochinha, ao acreditarem em diversos emails que foram espelhados pela grande rede. Tais emails, que deturpavam a imagem da então candidata Dilma Rousseff e até mesmo o seu vice, Michel Temer. Eram inúmeras invenções, das mais baixas e as mais loucas! Foram acusações de satanismo, de homessexualismo, aborto e etc.

José Serra, foi o que menos foi atingido. Afinal, tanto Marina Silva, quanto ele próprio, saíam beneficiados com as mais diversas lendas urbanas e internéticas que prosperavam...

De fato, Marina Silva fez um estardalhaço. Conseguiu chamar atenção de muitos eleitores. Com um foco numa determinada camada da sociedade, o PV conseguiu captar votos importantíssimos que custaram a vitória logo no primeiro turno da candidata do PT. O que parecisa ser uma vitória certa, em algum momento, foi colocado em dúvida...

Eu sempre tive um enorme respeito pela biografia da Marina Silva. Ela tem uma história muito bonita, tem bons ideiais. Mas...mas, não era capaz de governar este país! Ficou em cima do muro em questões latentes ao debate na época, arrumava uma saída espetacular pela tangente sobre temas polêmicos. Onde até seus concorrentes a queiriam pegar, tudo por conta do lado "religioso" que tomou conta nas últimas eleições.

O que mais me impressinou foi o fato de muitos votos que ela recebeu, terem vindo sem uma compreensão exata da situação. Muitos acharam "cool" o seu horário eleitoral, e as pessoas que apareciam com ela, não estavam envolvidas em escândalos apoteóticos (como no fogo cruzado entre tucanos e petistas).

Analisando friamente, a ex senadora e ex ministra Marina Silva, nunca apresentou nada de novo. Esta bandeira ambiental é uma tendência mundial, aliás, muito bem copiada por aqui (nós adoramos importar coisas dos USA) e com ela não foi diferente. Quem não se lembra do Al Gore e a política de terrorismo do "aquecimento global" ? Pois é, foi a mesma coisa, o mesmo estilo de campanha, tudo focado no meio ambiente, nas florestas, rios e tudo que a natureza oferece ao território nacional.

Só que a Marina, se omitiu. Não respondeu a praticamente nada, apenas falou o que o governo não faz. Ela também ficou presa, por conta do seu partido não ter relevância e força para debater sériamente propostas concretas para este país. Não haveria um staff competente para continuação da máquina de desenvolvimento do Brasil.

A Marina do ano passado para cá, se tornou uma pessoa chata. Que se acha acima de tudo e de todos, levantado uma bandeira de divindade do meio ambiente! Vários apelidos e chacotas caem sobre ela, desde então. Mas, além de alguns fatos que não ficaram esclarecidos, ela tinha um vice de peso (um grande magnata dos cosméticos, com vários processos e dívidas com o governo). Além de ostentar uma campanha de "elite", andando em jatos que nem Barak Obama andou durante sua campanha a Casa Branca. Sem contar, que a Marina passou a perna no PT, fez o seu nome, e quando deu, abandonou o barco, usando sua metralhadora contra o governo (em relação ao que teria passado, nos tempos como ministra). Ela mesmo, ficou em cima do muro, dizendo que não revelaria o seu voto no segundo turno!

Nesta semana, ficou evidente o radicalismo dos que se consideram a célula verde do país. Na votação do código florestal, de autoria do deputado Aldo Rebelo. Houve muito bate-boca e muito disse me disse... e houve até acusações gravíssimas...entre elas, que o marido de Marina Silva, seja um contrabandista de madeira! Tal acusação sem resposta até agora...

Eu sempre quis saber de quem votava na Marina, os motivos. A maioria dizia que eram pelos projetos. Desenvolvimento auto-sustentável, preservação do meio ambiente, combate a exploração na floresta Amazônica e etc. Era tudo nesta mesma linha de discurso, parecia que se o PV ganhassem as eleições, viveríamos do verde! Mas, tanto Dilma quanto Serra, em seus planos de governo apresentavam a mesma coisa, embora não focassem isto em horário eleitoral ou em debates. Cada um levava um tema mais a sério, ou educação, saúde, saneamente básico, desenvolvimento industrial, geração de empreço, mercado economico e etc.

Estava na cara, que a maioria dos que votaram nela, votaram pela "moda" verde. Ora, é bonito falar "eco", "auto-sustentável", embora quase ninguém saiba o que realmente isto significa de fato!

Os ambietalistas no Brasil, são bode espiatórios de uma força maior, vinda de fora do Brasil, das grandes potências européias e americanas. Na Holanda, sede do Greepeace, não há "reserva legal" nem proteção a margens de rios. O produtor de soja no Brasil só pode utilizar de 20% a 30% de sua propriedade para a produção, enquanto nos Estados Unidos, a produção pode utilizar 100%. Tais números atrapalham até a produção "caseira", dos pequenos agricultores que estão fadados à fome, caso tenham que reduzir sua produção, aqueles que possuem renda de 1 a 2 salários mínimos. Existe até livro, questionando até onde vai a influência da ong WWF no Brasil. Tudo muito estranho, pelo simples fato, de que o Brasil ainda mantém 60% de suas matas e florestas, contra 20% dos Estados Unidos e 3% da Europa. E estes grupam querem opinar em tudo, interferindo na própria soberania do país, através de financiamento destas ongs que impendem projetos de leis entrarem em vigor.

O mais saudável, seria um debate aberto de quem realmente entende e de quem não tem do mato o lucro, o lado técnico da questão. Opinião de quem realmente trabalha e estuda isto.

O PAC já sofreu intervenções de várias ongs e grupos famosos (que não fazem isto em seus países de origem) atrapalhando o desenvolvimento (equilibrado). Hoje, meus amigos, não há mais espaço para irresponsabilidades, temos na justiça o marco regulatório do que é crime. Então é com desconfiança que temos que encarar todos estes "ambientalistas" muitos deles, que não sujam os pés, e estão em salas confortáveis com um mapa na mão, só descendo a lenha!

O país não precisa desmatar e fazer da forma errada. Mas, não são os "ambientalistas-" é que vão dizer o que é certo ou errado. Existem órgãos regulamentórios públicos para isto, onde quem tem formação na área presta concurso público para exercer a profissão!

A interferência de ongs no Brasil é um fenômeno a ser estudado. Estão espalhadas por todos os cantos, sugando dinheiro e dando pitaco nisso e naquilo. Aí é onde o perigo mora. Vamos ver duas matérias interessantes sobre toda está polêmica verde.

Vale a pena ler!
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Havia uma figura de negro ontem na Câmara, ar severo, pés no chão, cabeça nas estrelas, coração na mata, o espírito nas esferas celestiais. Era Marina Silva, a verde, vestindo preto para expressar seu luto pela eventual aprovação no novo Código Florestal. A vestal já tinha marchado duas vezes sobre Brasília, indo de seu templo, onde guarda o fogo sagrado, até o templo do poder, o Palácio do Planalto, pedir que não se votasse o texto. Nada de debater na planície. Nada de tentar negociar no Congresso — ela até já havia desdenhado um tantinho do Parlamento. Quem decide, ela deixou claro, é o governo. É a democracia que teremos se esta senhora um dia chegar lá.
Muito bem! Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara — aquele que quer criar um código verde, sim, mas para as cooperativas de maconheiros — , discursou e afirmou que Aldo Rebelo (PC do B) havia mudado o texto acordado com o governo e com as oposições. Teixeira não é mentiroso, a gente sabe, mas aquilo que ele dizia era uma mentira.
Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara, e Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB, haviam acompanhando pessoalmente a feitura do texto. O busílis era outro. Usando um direito constitucional que tem, os partidos de oposição fariam um destaque para tentar tirar do governo o direito de legislar sobre culturas agrícolas por decreto (ver texto acima).
Foi o bastante para que a santa do pau oco da floresta mandasse brasa no Twitter: “Estou no plenário da Câmara. Aldo Rebelo apresentou um novo texto, com novas pegadinhas, minutos antes da votação. Como pode ser votado?!” Marina é assim: a Aiatolá da Natureza decreta a fatwa contra a reputação de quem bem entende, e danem-se os fatos. Não tinha havido alteração nenhuma texto — tanto que ele estava devidamente assinado por Teixeira. Aldo se zangou e mandou ver: “Quem fraudou contrabando de madeira foi o marido de Marina Silva!”. Segundo Aldo, quando líder do governo na Câmara, foi procurado por Marina para convencer outros deputados a não convocar o marido, Fábio Vaz de Lima, a prestar esclarecimentos no Congresso sobre a denúncia de crime ambiental.
O plenário explodiu em aplausos. Os verdes ensandeceram. O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) tratou o relator aos berros: “Canalha! Traidor!”. Um outro, não sei quem, queria que Aldo, imaginem vocês, pedisse desculpas a Marina, como se uma divindade tivesse sido desrespeitada. Não custa lembrar: no debate eleitoral do ano passado, Marina afirmou que a violência estava fora do controle em São Paulo… Quem vai contestar a entidade, não é mesmo?
Mogno
Ainda em 2004, o Ibama, subordinado a Marina, fez uma doação de 6 mil toras de mogno apreendidas para a ONG Fase (Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional). A Fase era uma das entidades que integrava o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), de que Fábio, o maridão, era dirigente. Houve denúncias de que a política de doação do Ibama seria uma forma de esquentar madeira ilegal extraída da Amazônia. O próprio TCU condenou a doação, dizendo que ela foi promovida sem observar os princípios da isonomia, impessoalidade e publicidade. “Ao menos nos elementos trazidos aos autos, não ficaram claros os motivos que levaram à escolha da Fase como donatária”, disse o relator do processo, ministro Humberto Souto ao Jornal do Brasil.
IbamaAldo deu uma mãozinha ao marido de Marina, que eu saiba, como ministro da Coordenação Política, em 2004. Funcionários do Ibama denunciaram uma falcatrua no órgão, e um requerimento do então deputado tucano Luiz Calos Hauly (PR) pediu a realização de uma audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Eram convidados a falar o então presidente do Ibama, Marcus Luiz Barroso Barros; o ex-diretor de Gestão estratégica, Leonardo Tinoco, Fábio Vaz e o chefe do Centro Nacional de Populações Tradicionais (CNPT) do órgão, Atanagildo de Deus Matos.
Segundo a denúncia, o Programa de Desenvolvimento Comunitário das Reservas Extrativistas, financiado pelo BNDES, teria sido superfaturado. Leonardo Tinoco e dois outros servidores teriam sido demitidos porque discordaram dos valores do projeto elaborado pelo Conselho Nacional de Seringueiros. O tal Atanagildo, que já respondia a inquérito administrativo, acusado de desvio de R$ 1,5 milhão em um programa ambiental financiado pelo Banco Mundial, teria feito a tabela de preços para o programa das reservas extrativistas.
Muito bem! E o marido com isso? Ele seria o verdadeiro autor do projeto. À época, estava lotado no gabinete do então senador Sibá Machado (PT-AC). Sibá, suplente de Marina, só estava no Senado porque ela era ministra. Não lhes parece, então, muito natural que o marido da titular fosse assessor do suplente? Sibá, hoje em dia, é deputado federal e saiu ontem em defesa do marido de Marina. Foi mais longe: pediu, sabe-se lá com que autoridade, que a fala de Aldo fosse retirada dos anais da Câmara.
Por Reinaldo Azevedo

Fonte: http://blogdoparrini.blogspot.com/2011/05/bomba-aldo-rebelo-acusa-marido-de.html#ixzz1NCOgp1wV

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Viradão Carioca 2011! Não, muito obrigado!!!

O "Viradão Carioca" (título de extrema criatividade, assim como o Bilhete Único Carioca) 2011, promete ser (mais uma vez, uma icógnita) um grande evento de "cultura" popular. O evento que é organizado pela Riotur e a Globo Rio, vai agitar este final de semana na cidade maravilhosa!

Serão 3 palcos (Quinta da Boa Vista, Bangu e Arpoador), e a homenagem fica por conta do Circo Voador, que em seu início se chamava Circo Arpoador (berço de grandes artístas da épca) e se localizava na zona sul da cidade (hoje o Circo é na Lapa).

Para você que gosta de todo tipo de música, é uma grande oportunidade em curtir shows 0800. São mais de 50 atrações a partir de hoje (sexta) até domingo. E a programação, segue a risca (continua eclética)! Entre os principais artístas, estarão: Luan Santana, NX Zero, Belo, Preta Gil, Fresno, Dicró,  Dudu Nobre, Arnaldo Antunes, Paralamas do Sucesso, Charlie Brown Jr, Jorge Vercilo, Léo Jaime, Fernanda Abreu, Biquini Cavadão, Latino(deu para sentir o drama, né?) e etc.

O Viradão Carioca ainda conta com mostras de danças populares, oficinas de circo, e diversas outras manifestações "artísticas-culturais"!
Confira a programação na íntegra:

PALCO CIRCO NO ARPOADOR
Apresentadores do evento: Bruno Mazzeo, Lencinho, Chacal e Maria Juçá

Sexta-feira 20 de maio
14h00 - Oficina de Circo (infanto-juvenil)
16h00 - Fino Coletivo
17h20 - A Cor do Som
18h40 - Orquestra Voadora
20h10 - Orquestra Imperial
21h30 - Biquini Cavadão
Intervalos DJ Lencinho e Esquete Acrobacias Aéreas

Sábado 21 de maio
14h00 - Oficina de Circo (infanto-juvenil)
14h00 - Oficina de Danças Populares
16h00 - Léo Jaime
17h20 - Luis Carlinhos
18h40 - Arnaldo Antunes
20h00 - Céu
21h20 - Inimigos do Rei
Intervalos com DJ Montano e esquete Acrobacias Aéreas

Domingo 22 de maio
13h00 - Oficina de Circo (infanto-juvenil)
13h00 - Oficina Roda de Capoeira
15h00 - DJ MAM
17h00 - Nicolas Krassif
19h50 - Blitz
21h20 - Jorge Vercilo
Intervalos com DJ Zé Roque e esquete de Acrobacias Aéreas

PALCO QUINTA DA BOA VISTA

Sexta-feira 20 de maio
Apresentadora do evento: Fernanda Souza
19h00 - Nem te Conto
20h15 - Jorge e Matheus
22h00 - Bangalafumenga
23h45 – Bom Gosto

Sábado 21 de maio
Apresentador do evento: Eri Johnson
16h00 - Galo Cantô
17h00 – Calçadão Carioca
18h00 – DJ Pretinha
19h15 – Farofa Carioca
19h45 – Velha Guarda da Portela
22h45 – Fernanda Abreu
23h45 – Fresno

Domingo 22 de maio
Apresentador do evento: Otaviano Costa
13h00 – Banda Marcial dos Fuzileiros Navais
14h00 – Bateria Mirim Filhos da Água
15h30 – Simpatia é quase Amor
20h00 – Luan Santana

PALCO ZONA OESTE - BANGU
(Praça das Juras)

Sexta-feira 20 de maio
Apresentador do evento: Humberto Carrão
19h00 – Luka
20h45 – Pique Novo
22h30 – Paralamas do Sucesso
00h15 – Charlie Brown Jr.

Sábado 21 de maio
Apresentadora do evento: Mariana Rios
17h00- Dicró
18h45 – Afroreggae
20h30 – Melanina Carioca
22h15  Scracho
00h15 – NX Zero

Domingo 22 de maio
Apresentadora do evento: Geovanna Tominaga
17h00 – Grupo Disfarce
18h45 – Buchecha
20h30 – Preta Gil
22h15 – Latino
00h15 – Belo
  
Meio clichê, não? Mas, políticas públicas de cultura, no Brasil, se resumem à isto aí mesmo...agradar a grande massa, sem qualquer preocupação com a "arte" (em si), tratando apenas, como "mero" evento de entretenimento. Salvando um ou outro, a programação poderia ser melhor e mais influente! Acorda Riooo!!!

Eu indicaria como ponto alto da programação: Paralamas do Sucesso, Arnaldo Antunes, Orquestra Imperial, Velha Guada da Portela,  Dicró, Farofa Carioca, Simpatia É Quase Amor e Bangalafumenga!!!