Não assisti. Quase não li. Mas, vou degustar.
Realmente, este ano de 2011, parece ser um ano literalmente ímpar. Vai da morte de Osama à beatificação de João Paulo II e, o casamento mais aguardado da última década, do princípe William com a "plebeia" Kate Middleton.
O que pude acompanhar (mesmo à distância) me deixou realmente desmotivado. Eu sei que isto pode ser importante para o povo inglês e todo o Reino Unido. Mas, esta audiência que foi divulgada (digna de Copa do Mundo) e toda a peregrinação turística à Londres para a cerimônia, é demais para mim! Será que a grande maioria esmagadora é tão tapada assim?
Cá pra nós, os dois moravam juntos e não estavam "casados"? Por aqui, a justiça chama isto de "união estável". E ainda, queriam fazer um teste de virgindade (parte de um dos milhares de protocolos e ritos da tradição real) na pobre (nem tão pobre assim, vai...) plebeia!
A Inglaterra vive um dos momentos mais delicados de sua recente situação "financeira". É meus amigos leitores deste humilde blog, por lá andam cortando investimentos até na área da educação, dá para acreditar? Acompanhados, por uma forte crise que a Europa passa (não tão dignimanete). Fora a difícil tarefa em "expulsar" ou não deixar que o país seja invadido por imigrantes, que acenam como inimigos da economia. Parece que a pompa real não perde o prestígio. E olha, que com todo respeito e educação, mas esta rainha (a Elizabeth) nada acrescenta ao país, nem pelo lado político (como liderança e representação histórica), tão pouco pelo carisma, porque definitivamente, ela é uma caricatura ilustrativa do que já foi um dia uma monarquia.
Há quem defenda, que realmente, a família real é apenas uma representação do passado. Talvez, um exemplo vivo, para narrar a história da nação. Embora, o país viva no regime parlamentar, onde pouco ou quase nada, é decidido pela linhagem monárquica. Lá na Inglaterra, quem manda e desmanda são "o primeiro ministro" e os parlamentares (diga-se de passagem... dão um banho de honestidade com o dinheiro público, algo muito peculiar aqui no Brasil, não acham?).
Analisando por uma outra perspectiva. Este casamento trás à tona, uma série de escândalos, pra lá de "reais". Tablóides ultra-sensacionalistas britânicos, ao longo dos últimos trinta anos, deitaram e rolaram com as inúmeras sequências desastrosas do tio e do pai do princípe William. O que mostra, a força literal do título "real", eles, são de carne e osso, com os mesmos desejos e impulsos de pobres mortais, seja de sangue azul ou plebeu!
De qualquer forma, foi uma jogada de mestre para tentar recuperar o orgulho inglês. O que talvez, andasse tão fora de moda, bem longe das badalas passarelas londrinas. Agora, há a oportunidade em colocar o povo de volta à suas origens. Por mais, que vá perdendo a usualidade no contexto social, não podemos esquecer nossa história (no caso, a história deles).
E ouso a dizer, que o Brasil, teria que passar por este besteirol contemporâneo (porque fico lembrando das mudanças sociais importantes que precisamos fazer). Os políticos e comitês que irão organizar a Copa e as Olimpíadas, deveriam aprender como organizar um evento desta magnitude. Os ingleses, mostraram ao mundo, que continuam mestres em executar grandes espetáculos, com organização e profissionalismo. Se por lá, esbajam libras mesmo sem ter, aqui, com o real sobrando, faremos a mesma coisa. Ao menos, se a famosa e tradicional pontualidade nacional seja copiada deles...
4 comentários:
gostei do texto! esse casamento tem dois modos de subjetivaçao : o lado liberal de ver a vida,onde a racionalização e analise dos FATos historico-social de tal exagero e outro que é o romantico, onde as pessoas estão fartas de tanta realidade e se encantam com aquilo que parece ser distante porem nao menos desejado...
Mas ambos coexistem e não se sobrepoem...
fico no meio termo...espero que independente de qq fato vinculado ,que sejam verdadeiramente felizes, contrariando a lógica pós moderna que casamento é uma instituição falida e que o importante da vida é o gozo narcisico de quem acha que vive no mundo sozinho
p.s: sera este o indicio maior da liquidez humana?
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